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Foto: Inez + Vinoodh |
"A cada lua nova, completamos um ciclo e a renovação nos é oferecida para assumir riscos, nos conectar com outras pessoas, amar... O simbolismo da lua como o reino da imaginação, melancolia e regeneração está expresso nessa música (...), cuja letra é sobre renascimento. O aplicativo de Moon nos liga a estrutura musical, aos biorritmos humanos e ciclos da lua. A animação mostra as formas variáveis e as relações entre as melodias da harpa, nos permitindo encontrar conexões entre ciclos musicais e naturais".
Baseada em quatro sequências diferentes, o som da harpa de Moon foi
feito por: Zeena Parkins, Shelley Burgon, Sara Cutler e
Carol Emanuel. O aplicativo foi desenvolvido pelo programador
Max Weisel, que na época tinha 18 anos. Para transmitir ideias sobre
ciclos no mundo natural através dessa música,
Björk e seu engenheiro de som
Damian Taylor usaram um software de programação visual que
permitisse ao usuário interagir com uma interface, tecnologia usada pela
primeira vez pela artista na turnê de Volta.
O sequenciador musical possui 17 'luas' (representando cada 'pulso' de uma
'barra' de tempo nessa música). Ao mudar a posição de cada uma, é possível
formar novas melodias, que podem ser acompanhadas pela voz da islandesa, bem
como a versão original, já que cada aspecto do design ajusta e toca uma
nota diferente da coleção de tons usada na canção.
A relação entre os ciclos lunares, seus efeitos na terra e da maré no material
musical de Moon podem ser ouvidas nos contornos melódicos, a maneira
como os sons 'sobem e descem' o tom pelo comando do toque do usuário na tela,
e ainda representam as formas e movimentos de elementos do mundo natural.
Outro lado que se destaca nessa faixa é a estreita relação entre palavras,
imagens e sons: o trecho "o fim de tudo e o começo de tudo" coincide com o
retorno da mesma sequência descendente que deu início à música, uma analogia
para ciclos contínuos, principalmente no modo como as melodias de harpas e dos
vocais se repetem.
Fonte: Aplicativo de Biophilia.