Em uma série de posts nas redes sociais, Björk agradeceu os colaboradores que trabalharam na música e no videoclipe de "Ancestress", o 3° capítulo do álbum "Fossora", que ganhou um dos registros audiovisuais mais marcantes da carreira dela.
Andrew Thomas Huang: "Meu querido Andy! Obrigada por fazer "Ancestress" comigo. Este é um assunto tão sensível, eu não posso nem começar a expressar o quão grata e honrada eu fiquei quando você disse que estava pronto para isso. Seu talento é tão imenso, não apenas como o expressivo poeta cinematográfico que você é, mas também por sua naturalidade com qualquer ofício ou tecnologia que exista. Do filme de inteligência artificial, dos fantoches à realidade virtual. Fizemos tudo isso juntos!!! "Mutual Core", "Stonemilker", "Black Lake", "Family", "The Gate" e agora "Ancestress"! É uma jornada incrível da qual tenho tanto orgulho. Você se tornou o documentarista dos momentos mais profundos da minha vida e não acho que seja coincidência. É por causa da imensa capacidade de seu talento tanto emocional quanto técnico, é porque só você pode assumir tudo isso! Do fundo do meu coração, muito obrigada!".
Pierpaolo Piccioli: "Eu sou imensamente grata a ele por projetar e dar a todos nós os trajes fenomenais da Valentino para este vídeo. Gostei de nossas conversas e de sua compreensão sobre mães, sua paleta de cores e espiritualidade agnóstica. Agradeço a ele por sua compreensão inteligente e por adicionar sua beleza e talento artesanal a esse curta-metragem".
Erna Ómarsdóttir: "Obrigada por coreografar a figura do espírito da minha mãe e seus ajudantes. Esse assunto é extremamente pessoal e precioso para mim, minha mãe e minha amiga Erna, pois todos levamos muito amor por este vale e pela trollwoman Jóra que o protege. Obrigada por um presente tão gracioso e generoso, Erna! Agradeço também aos dançarinos e também tenho um agradecimento especial ao incrível solista Shota: você capturou a alma da minha mãe tão lindamente!".
Anteriormente, Erna coreografou o clipe de "Black Lake". Ela também é a figura principal entre as criaturas que aparecem no vídeo de "Where Is The Line?".
Siggi String Quartet: "Fico tão emocionada e muito grata que esse grupo participou das filmagens, e que arriscaram seus violinos no clima frequentemente úmido da Islândia. Estou muito agradecida! Alguns dos membros desse conjunto tocam comigo desde o "Homogenic"".
Soraya Nayyar: "Agradeço a essa percussionista magnificamente talentosa que tocou todos os gongos, tímpanos, sinos tubulares e crotales em "Ovule" e "Ancestress". Reykjavík é abençoada por poder nos banhar em seu talento!".
Assista aos bastidores do videoclipe clicando AQUI.
Andrew Thomas Huang, diretor, fala sobre a colaboração: "Björk, criar com você tem sido a colaboração da minha vida. Estou transbordando de gratidão por sua confiança, generosidade e amizade. Muito amor, B, além das palavras! Foi um privilégio fazer esse filme em memória de sua mãe, Hildur Rúna Hauksdóttir.
A ideia de um cortejo fúnebre veio de uma conversa que tive com Björk sobre homenagear sua mãe na terra onde Hildur costumava colher ervas. Björk apontou "Sonhos" de Akira Kurosawa, a cena do casamento da raposa, como referência para a precisão da música e da coreografia".
"Comecei a esboçar a arte conceitual e a fazer referência a pinturas de pergaminhos do leste asiático e procissões/cortejos da época, representando corpos posicionados contra a paisagem. E a história evoluiu para estar centrada na ideia de um "mikoshi", um "vaso espiritual". Neste caso, a procissão carrega o espírito da mãe de Björk (através de um gongo) até seu local de descanso final".
Halldór Snorrason, designer, fala sobre o videoclipe: "Há tanto trabalho e pensamento em um vídeo como "Ancestress". Minha parte foi projetar as máscaras que James Merry criou fora das dimensões digitais, imprimindo-as em 3D. Existe muito conhecimento envolvido, então é importante levar tudo em consideração ao materializar isso. Para mim, os aspectos mais importantes são: qual material usar; o que o objeto tem que suportar; a durabilidade; se a peça pode ser impressa no material sem problemas; quando preciso que o objeto seja finalizado; se certos materiais imprimem com mais facilidade e rapidez do que outros; se o objeto pode ser impresso como um todo; se eu o dividir em pedaços: onde faço isso, em quantas partes e em que ângulo?; E penso: por favor, não imprima armas. O mundo já tem mais do que o suficiente".
Foto/Reprodução: Andrew Thomas Huang/James Merry.