Björk continua sendo uma figura materna para uma multidão de fãs online, muitos jovens e de comunidades queer.
Sua fanbase rotineiramente inunda suas postagens nas redes sociais com hype livre de toxicidade, trocando curiosidades e sempre circulando clássicos no YouTube, como sua explicação encantadora, do final dos anos 80, sobre o funcionamento misterioso de um aparelho de TV.
Seu apelo intergeracional, sugere o repórter da matéria, é uma rara fonte de coisas boas na internet. A artista então responde:
"Estou realmente ficando vermelha", ela diz. "Você acha que algo disso tem a ver com o mundo finalmente estar pronto para a música matriarcal? Eu fiquei tão feliz por Kate Bush conseguir aquele sucesso internacional com "Running Up That Hill"!
Não estou dizendo que vamos assumir, mas sinto que todas as matriarcas escondidas por aí estão apenas chorando, tipo: "Finalmente, não precisamos nos esconder!".
Nos anos 80, Kate era a única coisa, era ela que estava fazendo isso! Todo o resto era patriarcado. Desculpe, estou exagerando – mas ela era a produtora, ela estava criando o ambiente em que estava cantando.
Aquele, para mim, é o ambiente mais matriarcal. E eu sinto que o mundo e a geração Z estão prontos para isso".
- Entrevista para Pitchfork, 2022.
Foto: Santiago Felipe.