"Desde que eu era adolescente e tocava em bandas punk, minha experiência sempre foi a do "faça você mesmo" e é por isso que sempre resisti em vender minha alma para uma corporação multinacional.
Como musicistas, não precisamos fazer isso! Se você possui os direitos de suas canções e tem controle criativo sobre qualquer coisa que lançar, poderá continuar assim pelo resto da vida. É exatamente o que faço. E se muitas pessoas gostarem, ótimo! Mas estou ciente de que um dia tudo pode acabar.
No entanto, sempre continuarei com a minha música. Para mim, não se trata de dinheiro, mas de satisfação criativa, de autorrealização.
Neste sentido, estou fazendo a mesma coisa que fazia quando era adolescente, e esse é um bom modelo de negócios porque provavelmente posso usá-lo até os 85 anos. Mesmo que apenas duas pessoas estejam me ouvindo (risos).
Acho que minha música nunca mudou! Quando apresentei "Debut" à minha gravadora de Londres, eles disseram: "É muito louco, e provavelmente vai vender apenas um terço do que os Sugarcubes venderam". E respondi a eles: "Tudo bem. Eu não tenho nenhum problema com isso".
Nunca tentei ser popular, acho que percebi cedo que não me importo. Tudo o que importa para mim é criar algo que eu possa me orgulhar".
- Björk em entrevista ao Siegessaeule, novembro de 2022.