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"Definitivamente, houve um momento enquanto eu fazia esse disco, no qual troquei muitas mensagens de texto com várias pessoas, algo muito curioso! Quase como um exploradora indo para um novo território. Quando a gente se sente realmente conectado a alguém com quem conversamos todos os dias pelo celular, acabamos nos sentindo envergonhados em um encontro cara a cara, como se fosse mais natural falar através da internet. Uma energia que parece uma fantasia.
Minha vontade foi explorar isso e ver de que forma me atingia, mas não acho
que a culpa seja da tecnologia. Há 200 anos, os indivíduos já escreviam cartas
e ainda assim se apaixonavam completamente. Hoje, talvez não nos encontremos
pessoalmente com tanta frequência, mas ainda existe amor puro. Obviamente,
sendo alguém que trabalha com música, tenho muita curiosidade sobre a palavra
escrita e o fato de que nós podemos construir algo como uma peça de teatro, um
filme, uma canção, uma poesia, enfim, textos que são tão fortes ao ponto de
ganharem vida própria, tão poderosos quanto a vida cotidiana. Acho isso muito
interessante, é como um experimento físico.
Talvez seja divertido trocar mensagens por um tempo, mas não penso que seria
saudável se todos os relacionamentos fossem assim até o fim das nossas vidas.
Como em qualquer situação, precisa existir um equilíbrio. A tecnologia já me
serviu tantas vezes! É apenas uma das formas que temos para nos expressar, em
áreas que não poderíamos antes, como gravar no topo de uma montanha e falar
com um amigo cinco minutos depois lá de cima. Blissing Me trata disso,
é uma música separada por intervalos, algo que já fiz antes em
Possibly Maybe. O amor é um mistério que todos experimentamos de
diferentes maneiras. Na maioria das vezes, quando alguém está profundamente
apaixonado, é como se escapasse da morte. Uma fusão com a eternidade".
Fontes: Pitchfork, Vanity Fair IT e Cosas Lujo.