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Foto: Reprodução |
Das curiosas estruturas de jardins de cristal à beleza translúcida das enormes colunas de gipsita em algumas cavernas no México, as formações cristalinas incorporam processos de crescimento e mudança de estado físico e emocional. O mesmo é feito nessa canção, que conecta relações através da união da natureza e da música, como em um clímax da transição de sólido para gás, do cristal para algo nebuloso e da terra ao espaço, uma vez que as letras de Biophilia unem temas centrais com diferentes tipos e escalas de fenômenos naturais: a justaposição de mundos e a escala que engloba o atômico, o humano e o estelar.
Assumindo um ponto de vista mais pessoal, relacionando o crescimento de uma
estrutura cristalina em minerais e rochas, com o das relações no coração das
pessoas, Björk teve como inspiração para a
música, cidades e prédios:
“Em parte da minha vida me locomovi através de ônibus e táxis em mais de 20
anos em turnê. De alguma forma, tudo o que vi ficou arquivado em meu cérebro,
como algumas cidades que tem três ruas cheias de edifícios muito altos por
todos os lados, enquanto outras são complexas e unidas por outros cinco, mas
com tamanhos bem menores, enfim... Parece que cada uma delas tem um humor e
uma tensão espacial diferente. Para mim, as estruturas cristalinas parecem
crescer de maneira semelhante. Parte da minha natureza obsessiva quer mapear
cada interseção do mundo para combinar em uma música".
O Videoclipe de Crystalline foi filmado quadro a quadro, e muitas
vezes, com a câmera de cabeça para baixo ou com parte da abertura da lente
bloqueada para capturar meticulosamente cada passagem.
Fontes: Aplicativo de Biophilia, entrevista para a análise da
musicóloga Nikki Dibben, Billboard, Hornet Workshop.