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Foto: Reprodução |
Como em todas as músicas de Vulnicura, Family fala sobre o fim de um longo relacionamento da cantora e a tristeza por sentir que está perdendo sua família. Além do moving cover, um vídeo em realidade virtual também foi criado para essa linda canção, ainda com exclusividade na exposição Björk Digital:
"Durante o processo criativo, Björk disse
que queria fazer, em suas palavras, "a capa do álbum em movimento". Eu pensei
que ela queria dizer que era um GIF, mas acabamos fazendo este vídeo, que meio
que conta toda a história do Vulnicura, a partir daquele fóssil em uma
espécie de lápide, que de repente se regenera, se levanta e a "sepultura" vai
se espalhando, como se uma nova mulher surgisse para seguir em frente.
Family foi escolhida como trilha sonora porque incorpora os diferentes
movimentos do álbum, que vai do desgosto até o fortalecimento e a cura. Acho
que algumas pessoas ficaram confusas se perguntando se este era o vídeo
completo, mas ele realmente foi concebido para ser apenas um curta-metragem.
Para ser sincero, foi uma sessão lúdica do tipo, "Vamos ver o que sai disso".
Algum tempo depois dessas filmagens, surgiu a vontade de fazermos uma nova
experiência toda em realidade virtual, dessa vez usando a música completa.
Isso aconteceu por volta de setembro de 2015. A exposição do MoMA já
tinha acabado e Björk estava finalizando sua turnê. Para ser honesto, acho que
todos nós estávamos nos recuperando daquele turbilhão de acontecimentos: Foi
uma loucura fazer o álbum, terminá-lo, liberá-lo, com todo o drama da
exposição no museu. Precisávamos de uma pausa. E então toda a tecnologia de
VRs já tinha mudado! Provou-se que era aquilo que nós tínhamos esperado: Ser
capaz de se mover neste mundo virtual através de um espaço, e não ficar apenas
fixo em um só lugar. Nos outros headsets você podia olhar ao redor, mas
ficava preso como um espectador passivo. Agora é possível interagir.
SINOPSE:
A história é sobre a viagem de uma mulher até a paisagem islandesa, para fugir
de um mundo de desgosto. Se passa dentro de uma peça de bordado, um tipo de
"tapete mágico", desenhada por James Merry, que te leva a esse
ambiente, que é uma parte significativa do que filmamos para
Black Lake. O "pano de fundo" não está lá por nada, faz parte da
história que ela queria contar. É algo contínuo! Capturamos seus movimento
reais, assim dá-se a impressão de sua presença.
O material de Vulnicura teve de ser tratado com muito mais
sensibilidade. Em última análise, posso dizer que é uma viagem extremamente
pessoal que estamos criando. Uma épica narrativa de um "desgosto pessoal
futurista". Cada vídeo que fizemos foi uma aprendizagem - não só pelo material
que estamos lidando, mas também pela forma como ela conduz a tecnologia".
Fonte: Andrews Thomas Huang, em entrevista ao RedBull Music Academy.