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Foto: Reprodução |
"Dançando no Escuro foi um projeto que levou três anos para ficar pronto e realmente gostei de me deixar levar e ficar obcecada por essa senhora chamada Selma. Para ser honesta, eu meio que me apaixonei por ela. Me sinto honrada por ser a pessoa que estava expressando seu coração.
Já conheço Thom Yorke há algum tempo. Estávamos apenas esperando a
ocasião certa para fazermos algo juntos. O convidei quando percebi que
finalmente tinha uma música que merecia a voz dele, porque ele é
definitivamente o meu cantor favorito no mundo. Ele meio que insistiu que
aparecesse no estúdio para que gravássemos juntos, para que a comunicação no
resultado final soasse real e genuína. Não foi apenas algo como "grave sua
parte aí e eu daqui de Las Vegas", como se nunca tivéssemos nos encontrado.
Foi o oposto, e isso realmente veio dele, porque eu estava apenas no meu modo
de trabalho: "Ah, sim, nós temos que fazer logo isso", e ele ficava: "Não,
não, não". Acredito que esse comportamento seja porque ele está em uma banda.
Naquela época, eles tinham acabado de terminar o Kid A. Você pode estar
tocando uma música, mas se está distraído, não ficará legal. Tudo isso é sobre
uma boa comunicação e o esforço real em se relacionar com alguém.
Até ficarmos satisfeitos, nós cantamos por uns quatro dias na Espanha, como e
quando queríamos durante algumas horas, talvez eu esteja exagerando, não tenho
certeza. Ele me fez cantar de uma forma diferente, com mais contato e
sensibilidade. Fiquei lisonjeada com seu esforço. A alma dele é muito pura".
Fontes: The New Music, MTV, site oficial, Time Out.