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Foto: Stéphane Sednaoui |
"Essa foi a primeira música infeliz que escrevi e foi muito difícil para mim. Normalmente componho o tempo todo, mas foi como se nada tivesse acontecendo durante meses. Então finalmente saiu! Nesta faixa, também posso realmente fazer passeios de 'montanha-russa' vocalmente. É como se cada vez que eu a canto ao vivo, pudesse usar minha voz como instrumento. Nos primeiros anos da minha carreira solo, eu não conseguia gravar uma música triste. Eu estava com vergonha de escrever uma canção que não dá esperança. Fui criada em um ambiente hardcore, mas feliz, algo tipicamente islandês: se sentir bem, ver tudo do lado positivo. O povo islandês é tão otimista que chega a ser agressivo. Então, para mim, escrever músicas que não são felizes é um pouco abominável, algo para se sentir vergonha. Por isso, precisei de muita coragem para experimentar algo mal-humorado. Eu sempre vinha mantendo minha roupa suja para mim mesma. Eu queria que cada verso fosse como um mês. Há talvez 30 segundos para cada um. Tudo para mostrar como nos sentimos diferentes a cada mês quando estamos em um relacionamento. Por isso decidi manter todos os refrões iguais, mas com uma melodia diferente a cada verso".
O videoclipe de Possibly Maybe (dirigido por Stéphane Sednaoui) lança reflexões sobre a própria identidade da cantora: "Coisas muito
pessoais são mostradas nesse vídeo, e elas são realmente minhas, objetos que
estão na minha casa".
Em maio de 2017, Marius De Vries disse para a UNCUT Magazine:
"Ela se comunica de uma forma maravilhosa, mas o inglês ainda é sua segunda
língua. Por causa de sua dicção, algumas palavras se tornam únicas. Em certa
ocasião, questionei a forma como ela cantou parte de uma frase em Possibly Maybe, dizendo: "Não. Nós não falamos assim", e ela me respondeu: "Bom, eu falo".
Ela não quer ser confinada pelas regras da língua. Existe uma inteligência
feroz escondida atrás de sua poesia".
Fontes: Raygun, Record Collector, Oor e Life Through A Lens.