Björk descreveu seu último álbum, "Vulnicura", como algo sobre muita tristeza, enquanto "The Gate" é um single mais leve.
"Você acabará por flutuar na superfície se tornando leve e macio. Esta música é uma documentação disso (...) É quase como uma coisa metafísica, onde a ferida do desgosto se restaura. Quando se está ao lado de pessoas que você ama, existe uma troca maior de energia".
"Você acabará por flutuar na superfície se tornando leve e macio. Esta música é uma documentação disso (...) É quase como uma coisa metafísica, onde a ferida do desgosto se restaura. Quando se está ao lado de pessoas que você ama, existe uma troca maior de energia".
Andrew Thomas Huang, diretor do novo videoclipe de Björk, que estreia amanhã no site do NOWNESS, descreve o vestido da islandesa no clipe como um personagem em si, que configura grande parte do idioma visual do projeto. Segundo ele, é a partir daí que se recuperam as correntes e energias saudáveis aprendendo a amar novamente.
Sobre como se sente com colaborações, a cantora declarou: "Eu sou apenas uma pessoa muito impulsiva. Realmente aguento com dificuldade. Meu relacionamento com Andy Huang é muito diferente do meu com James Merry. Parte disso é sobre deixar o ego de lado, algo que aprendi no meu passado em bandas. Se alguém quisesse fazer um cartaz para um livro de poesia, todos fariam isso juntos. Foi assim por 10 anos".
Mas para a artista também é importante passar um bom tempo sozinha: "Passei muito do meu tempo organizando as músicas e fazendo as melodias. É quando tiro um tempo para mim, algo que eu realmente não falo (tanto nas entrevistas)".
Quando Björk e Arca começaram a trabalhar juntos em "Vulnicura", a maior parte das músicas do álbum já estavam prontas. "Notget" foi a primeira que os dois escreveram e produziram em parceria. Depois de alguns shows emocionalmente pesados, segundo a artista, ela sentiu que eles tinham uma chance de fazerem alguns mais leves no futuro.
Arca tirou os "velhos lados instrumentais" de Björk, que ele havia escutado quando criança em suas canções e os dois usaram disso como "coordenadas" para as novas músicas, o que não significa que o novo álbum não tenha a visão da cantora.
"Eu obviamente vi nele um músico gigantesco. Senti que ele entrou no meu mundo com tanta elegância e dignidade, que eu queria que nos encontrássemos em uma base semelhante. Com certeza é o meu álbum, e ele faz os dele, mas, como músicos, decidimos entrar neste outro mundo, essa outra ilha. É um tipo de sobreposição de Arca e Björk".
"Eu obviamente vi nele um músico gigantesco. Senti que ele entrou no meu mundo com tanta elegância e dignidade, que eu queria que nos encontrássemos em uma base semelhante. Com certeza é o meu álbum, e ele faz os dele, mas, como músicos, decidimos entrar neste outro mundo, essa outra ilha. É um tipo de sobreposição de Arca e Björk".
A atmosfera do novo álbum é inteiramente sobre o ar, porque os dois decidiram incluir sintetizadores, e em alguns momentos as flautas soam sintetizadas.
Essa sobreposição é mais do que uma parceria musical, existe também uma conexão espiritual: "O lugar no qual mantemos nossa alegria é muito semelhante, e onde mantemos nosso lado mais escuro não é tão diferente".
- Entrevista ao "NOWNESS".
Ative as legendas e assista ao vídeo da entrevista completa: