Na manhã de hoje, durante a conferência de imprensa da "Björk Digital" na Polônia, Björk mais uma vez deu uma entrevista ao vivo via vídeo usando seu avatar do VR de "Family". Confira o que a artista disse:
"Quando percebo que um amigo tem algum potencial, também vejo que isso reflete em mim", possivelmente se referindo ao Arca.
Quando questionada sobre o quanto seus personagens são parte de sua personalidade, ela respondeu: "Na verdade, não sei. Eu uso "roupas teatrais", mas que também são reais, assim como eu, embora sejam uma espécie de fantasia. Estes dois mundos estão entrelaçados".
E é claro, também falou sobre o novo álbum, "Utopia", que segundo a "Discs-Japan" e a "Suruga-Ya", sites de duas lojas japonesas de vendas de discos, tem lançamento marcado para o dia 24 de novembro, o que não está confirmado: "A mixagem levou meses para ficar pronta. Eu tenho que trabalhar duro o tempo todo. Isso não é devido à minha teimosia ou egoísmo, é que tenho que trabalhar nas minhas músicas por um longo tempo. O que vocês veem com os VRs do "Vulnicura" são registros em vídeo de músicas que doem no meu peito, que machucam a minha família. Estou no processo de tratar esta ferida".
De acordo com Björk, fazer o "Vulnicura" foi doloroso, mas ainda assim um trabalho fácil de mixar, enquanto "Utopia" foi totalmente o contrário. Ela classifica o processo de composição do novo álbum como algo muito divertido, e o descreveu como "fofo", "aéreo" e "cheio de luz".
Baseada em pesquisas que fez com James Merry, Björk disse que algumas mitologias antigas em que mulheres levavam suas crianças e flautas para ilhas desertas, lugares onde não havia violência, serviram de inspiração para compor o tema do álbum, o que teria formado uma espécie de balança entre luz e escuridão, feminino e masculino, além da "Kundalini Yoga", que Björk diz praticar há mais de 10 anos, e que também foi uma forte influência para o projeto visual de "Vulnicura" e "The Gate".
A islandesa ainda revelou que seu próximo videoclipe será bem diferente do de "The Gate", e que "Utopia" não é apenas um álbum cercado de otimismo, pois também tem seu lado voltado para a "escuridão". Diversos arranjos diferentes de flautas foram preparados para as músicas deste projeto, no entanto, vários não foram usados.