Foto: Laura Levine |
"Muitas vezes me perguntam se eu tenho uma foto favorita e posso dizer sem hesitação que é essa aqui. Todos os elementos combinados a tornaram um dos meus momentos favoritos como fotógrafa, e isso aconteceu puramente por acaso. Conheci Björk na noite anterior a esse registro (1991), quando ela se juntou a mim e a alguns amigos, em Woodstock. Naquela época ela estava com os Sugarcubes. Eu já era uma grande fã, e sempre quis fotografá-la, e quando perguntei se eu poderia, ela disse que sim, com certeza. Bem desse jeito! Nós conversamos a noite toda, ela confiou em mim, e acho que era tudo o que precisava para continuar.
No dia seguinte, eu a levei até a casa do meu amigo Ben, que me ajudou sendo
meu assistente no ensaio. Eu sabia que ele tinha uma linda floresta atrás de
sua casa e pensei que aquilo se encaixava perfeitamente com o espírito livre
dela. Como já aconteceu frequentemente nesses ensaios que já fiz (não me
pergunte o por quê), ela gradualmente começou a tirar as roupas dela. Eu
escolhi um par de folhas grandes (à la Eva no Jardim do Éden) e ela subiu em
uma grande rocha. Naquele momento, começou a chuviscar, ela ficou de pé e
abriu a boca para pegar uma gota de chuva com a língua. Click!
Tendo passado muito tempo conversando com ela na noite anterior, senti que
essa imagem realmente capturou sua essência - um espírito livre na floresta,
alguém brincalhão, da terra e aberto. Existem outras razões para que essa seja
a minha favorita? Não é uma artista com maquiagem, mas sim sem estilistas, sem
roupas da moda, sem empresários, sem publicitários, sem rótulos, sem
iluminação artificial, sem truques, sem autoconsciência. Apenas luz natural,
algumas folhas, e Björk".
- Laura Levine, fotógrafa, em depoimento em seu
site oficial.