Pular para o conteúdo principal

Björk anuncia Cornucopia, a próxima fase de Utopia nos palcos


Para quem duvidou, a Utopia está realmente só começando... Após o fim das apresentações da primeira parte da turnê em julho na Europa, Björk anunciou o próximo passo da divulgação de seu disco mais recente. Como parte da nova edição do The Shed, a islandesa apresentará em Nova Iorque, Cornucopia, um novo concerto criado pela própria artista e dirigido em parceria com a cineasta argentina Lucrecia Martel, internacionalmente reconhecida como uma das mais importantes peças do cinema latino-americano. Entre os seus elogiados trabalhos, o filme Zama foi sucesso de crítica, em 2017.

"Estou muito animada em anunciar que farei parte da temporada de abertura do The Shed em Manhattan na próxima primavera. Neste inverno, prepararei meu show mais elaborado nos palcos, onde o ambiente acústico e o mundo digital vão estar de mãos dadas, com a ajuda de uma equipe de colaboradores sob medida!".

Lucrecia e a Rei Cine, produtora argentina que a representa, emitiram uma declaração à imprensa destacando a grande emoção dessa união de artistas tão inspiradoras: "Eu me sinto muito orgulhosa em estar trabalhando com uma das mulheres mais inovadoras do mundo da música. Colaborar em um show de Bjork é um passaporte para o século XXII".

The Shed é um centro cultural que reúne em eventos obras de arte, em todos os campos, para todos os públicos. Esse lugar que receberá a mini residência promete ser um dos espaços culturais mais importantes da cidade, principalmente por ter a capacidade de se transformar fisicamente ao criar ambientes dinâmicos de acordo com as visões dos artistas que ali aparecem nos próximos anos.


A grande equipe ainda inclui Tobias Gremmler, media artist, que contribuirá com o design digital no lado visual da apresentação no ambiente idealizado pela cenógrafa Chiara Stephenson. Viibra, o conjunto de sete flautistas estará novamente ao lado de Björk, junto de Katie Buckley (harpa), Manu Delago, (percussão) e Bergur Þórisson (eletrônica). O show também terá o THE HAMRAHLÍÐ CHOIR, coral do álbum Utopia; coreografia de Margret Bjarnadóttir, maquiagem de Hungrydesign de iluminação assinado por Bruno Poet, ensaio e preparação de partituras por Matt Robertson, figurino de Iris Van Herpen e Olivier Rousteing, design de som de Gareth Fry, o engenheiro de som John Gale, e o colaborador de Björk, James Merry, responsável pelas máscaras da cantora e de suas flautistas.

(Foto: Warren Du Preez & Nick Thornton Jones)

Cornucópia é um símbolo representativo de fertilidade, riqueza e abundância

O novo show terá duração de 100 minutos e acontecerá no maior espaço das instalações do The Shed, o The McCourt, que pode acomodar, dependendo da configuração do show, 1.250 espectadores sentados ou 2.700 em pé.

Confira as datas da temporada de oito concertos:

6 de maio de 2019
9 de maio de 2019
12 de maio de 2019
16 de maio de 2019
22 de maio de 2019
25 de maio de 2019
28 de maio de 2019
1 de junho de 2019

A venda dos ingressos será iniciada a partir de 20 de fevereiro.

Postagens mais visitadas deste blog

Saiba tudo sobre as visitas de Björk ao Brasil

Relembre todas as passagens de Björk por terras brasileiras! Preparamos uma matéria detalhada e cheia de curiosidades: Foto: Reprodução (1987) Antes de vir nos visitar em turnê, a cantora foi capa de algumas revistas brasileiras sobre música, incluindo a extinta  Bizz,  edição de Dezembro de 1989 . A divulgação do trabalho dela por aqui, começou antes mesmo do grande sucesso e reconhecimento em carreira solo, ainda com o  Sugarcubes . 1996 - Post Tour: Arquivo: João Paulo Corrêa SETLIST:  Army of Me One Day The Modern Things Venus as a Boy You've Been Flirting Again Isobel Possibly Maybe I Go Humble Big Time Sensuality Hyperballad Human Behaviour The Anchor Song I Miss You Crying Violently Happy It's Oh So Quiet.  Em outubro de 1996, Björk finalmente desembarcou no Brasil , com shows marcados em São Paulo (12/10/96) e no Rio de Janeiro (13/10/96) , como parte do Free Jazz Festival . Fotos: ...

Debut, o primeiro álbum da carreira solo de Björk, completa 30 anos

Há 30 anos , era lançado "Debut", o primeiro álbum da carreira solo de Björk : "Esse disco tem memórias e melodias da minha infância e adolescência. No minuto em que decidi seguir sozinha, tive problemas com a autoindulgência disso. Era a história da garota que deixou a Islândia, que queria lançar sua própria música para o resto do mundo. Comecei a escrever como uma estrutura livre na natureza, por conta própria, na introversão". Foi assim que a islandesa refletiu sobre "Debut" em 2022, durante entrevista ao podcast Sonic Symbolism: "Eu só poderia fazer isso com algum tipo de senso de humor, transformando-o em algo como uma história de mitologia. O álbum tem melodias e coisas que eu escrevi durante anos, então trouxe muitas memórias desse período. Eu funcionava muito pelo impulso e instinto". Foto: Jean-Baptiste Mondino. Para Björk, as palavras que descrevem "Debut" são: Tímido, iniciante, o mensageiro, humildade, prata, mohair (ou ango...

Sindri Eldon explica antigo comentário sobre a mãe Björk

Foto: Divulgação/Reprodução.  O músico Sindri Eldon , que é filho de Björk , respondeu as críticas de uma antiga entrevista na qual afirmou ser um compositor melhor do que sua mãe.  Na ocasião, ele disse ao Reykjavík Grapevine : "Minha principal declaração será provar a todos o que secretamente sei há muito tempo: que sou melhor compositor e letrista do que 90% dos músicos islandeses, inclusive minha mãe".  A declaração ressurgiu no Twitter na última semana, e foi questionada por parte do público que considerou o comentário uma falta de respeito com a artista. Na mesma rede social, Sindri explicou:  "Ok. Primeiramente, acho que deve ser dito que isso é de cerca de 15 anos atrás. Eu era um idiota naquela época, bebia muito e estava em um relacionamento tóxico. Tinha um problema enorme e realmente não sabia como lidar com isso. Essa entrevista foi feita por e-mail por um cara chamado Bob Cluness que era meu amigo, então as respostas deveriam ser irônicas e engraçadas...

Björk fala sobre ter entendido o que é o patriarcado quando viajou para fora da Islândia

"Na Islândia, há pouca desigualdade de gênero. Somos sortudos. As mulheres ocupam cargos de responsabilidade, também na política. Com o Sugarcubes , por exemplo, fui tratada da mesma forma que os homens. Foi quando viajamos para fora do país que senti a diferença… Em certas situações em que fui objetificada, principalmente durante as sessões fotográficas. Fui tomada por um objeto: os fotógrafos mexeram no meu próprio corpo, me pediram para ficar em silêncio, passiva, para não me mover, para não mostrar minhas emoções. Então eu estava fazendo exatamente o oposto! Estava expressando muito as minhas emoções! Isso muitas vezes desconcertava os fotógrafos, que esperavam que as mulheres fossem passivas. Eu coloquei a música bem alta e transformei os ensaios em espaços de liberdade. Foi ali que acho que entendi o patriarcado. Nos meus clipes, tive a chance de trabalhar com pessoas que pensavam como eu, Michel Gondry , Spike Jonze ... Eles estão acostumados com mulheres fortes, não espera...

Hildur Rúna Hauksdóttir, a mãe de Björk

"Como eu estava sempre atrasada para a escola, comecei a enganar a minha família. Minha mãe e meu padrasto tinham o cabelo comprido e eles eram um pouco hippies. Aos dez anos de idade, eu acordava primeiro do que eles, antes do despertador tocar. Eu gostava de ir na cozinha e colocar o relógio 15 minutos mais cedo, e então eu iria acordá-los... E depois acordá-los novamente cinco minutos depois... E de novo. Demorava, algo como, quatro “rodadas”. E então eu acordava meu irmãozinho, todo mundo ia escovar os dentes, e eu gostava de ter certeza de que eu era a última a sair e, em seguida, corrigir o relógio. Fiz isso durante anos. Por muito tempo, eu era a única criança da minha casa, e havia mais sete pessoas vivendo comigo lá. Todos tinham cabelos longos e ouviam constantemente Jimi Hendrix . O ambiente era pintado de roxo com desenhos de borboletas nas paredes, então eu tenho uma certa alergia a essa cor agora (risos). Vivíamos sonhando, e to...