Foto: Santiago Felipe |
"Então, na noite de quinta-feira, fui ao show Cornucopia da Björk, no The Shed, em Nova Iorque, e tenho que falar sobre isso!
Eu tinha lido sobre
novos instrumentos que foram criados especificamente para o espetáculo, e
tinha consciência que seria de alguma forma imersivo, mas realmente não sabia
o que esperar. Isso fazia parte da magia. Embarcar nisso tornou tudo tão
especial, ela criou esse mistério e antecipação com uma atmosfera que é tão
rara na música hoje.
Nós sabemos o que é uma apresentação, temos alguma ideia do que fazer e o que
esperar, mas isso foi como estar em meu primeiro show da vida, ou em uma
ópera, um jogo, ou um passeio em um parque temático. Eu não sabia o que iria
acontecer e foi realmente emocionante.
Os "sons alienígenas atmosféricos" que ouvimos em Utopia estavam por toda
parte em uma ambientação 3D e as luzes baixas, enquanto pegávamos nossas
bebidas e íamos até nossos lugares. Antes mesmo de o show começar, já
estávamos no mundo de Björk.
Tudo começou com uma performance acapella de um jovem coral islandês. Tudo
escrito por Björk, e dirigido por uma senhora idosa cheia de energia,
expressiva e encantadora que, uma vez que vi, não conseguia desviar o olhar.
Quero ser ela quando eu crescer! O coral é uma das minhas grandes paixões
musicais e uma das minhas primeiras fontes de inspiração. Além da minha banda,
um dos meus sonhos era também fazer música para filmes e, eventualmente,
entrar em alguma forma de direção para um coral.
Nos primeiros 2 minutos de show, minhas lágrimas começaram a vir e a Björk
ainda nem estava no palco! Quando ela surgiu, e ouvi aquela voz, e aquele
profundo instrumental penetrante... senti como se o som estivesse sendo
derramado em meus ouvidos, fluindo direto para o meu coração, e se espalhando
por todo o meu corpo.
A coisa toda era de som surrounded, cercando a gente, com elementos ao vivo
que apareciam em diferentes partes do lugar: atrás de mim, dos músicos até o
fundo da plateia, e os instrumentos como se estivessem descendo do teto...
Tanto estímulo visual, bem como uma resposta para cada elemento que podíamos
escutar se prestássemos atenção nisso. Fiquei totalmente cativada por ela
durante todo o show, e em um momento pensei comigo mesma, que se eu pudesse
voltar no tempo e ver a Björk da década de 90 pela qual me apaixonei ao invés
de tudo para o qual ela evoluiu, eu não ia querer! Eu a amo exatamente como
ela é agora, e estou continuamente e para sempre inspirada. Foi fenomenal. E
eu mencionei que ela tem a voz mais poderosa e dinâmica do planeta? Mesmo sem
um único pedaço de toda essa grande produção, apenas o canto dela já seria
incrível de se ver e ouvir.
Obrigada, Björk! Como uma de suas maiores fãs, (posso dizer que) você sempre
entrega tudo acima e além das minhas expectativas"
-
Amy Lee, vocalista do
Evanescence,
em post nas redes sociais, 20 de maio de 2019.
Dica: Clique AQUI e ouça Synthesis Live, o álbum ao vivo incrível lançado pela banda em
outubro do ano passado, que reúne lindas versões das canções do grupo.