Pular para o conteúdo principal

Em 1986, aparição de Björk grávida na TV causou polêmica na Islândia

Foto: Reprodução

"Em 1986, fiz uma apresentação na televisão islandesa com a minha banda KUKL. Naquela época, eu estava grávida do meu primeiro filho. Toda a mídia local nos odiava, basicamente, desde o primeiro dia, já que nosso som não era comercial. Havia muita pressão. Nós meio que nos irritávamos com isso.

De qualquer maneira, para esta ocasião, decidi que iria raspar minhas sobrancelhas e usar uma saia, que deixava minha barriga de grávida aparecendo. Achamos que seria engraçado, mas foi um escândalo na Islândia, e eu fui processada por uma mulher de 60 anos. É que a mãe dela, que tinha 90, assistiu ao programa e teve um ataque cardíaco! Ela sobreviveu, mas para algumas pessoas que não conheciam a cena da música independente por lá, ficava difícil explicar que era assim que as coisas eram.

Se uma pessoa acha que uma coisa tão natural e bonita é, na verdade, algo feio, então deveria ser a única culpada por ter um ataque cardíaco. Felizmente, ela perdeu!", contou Björk em entrevista à jornalista Liz Evans, em 1994.

Parte do público também chegou a enviar cartas ao jornal local, reclamando do estilo da banda, dizendo que havia algo inerentemente desagradável em uma barriga exposta de uma mulher "super grávida" de 8 meses, e questionando-a por exibir pelos em suas axilas.

Após fama internacional com Debut, o especial foi retransmitido no país, em abril de 1994. Esta é a última apresentação do grupo que se tem notícia. Após o nascimento do bebê, parte dos integrantes formaram a banda que tornou Björk conhecida em todo o mundo: "Não foi até criarmos o Sugarcubes, quando obtivemos reconhecimento no exterior, que nos engoliram. Havia muita hipocrisia!", explicou a artista.

Postagens mais visitadas deste blog

A história do vestido de cisne da Björk

20 anos! Em 25 de março de 2001 , Björk esteve no Shrine Auditorium , em Los Angeles, para a 73º edição do Oscar . Na ocasião, ela concorria ao prêmio de "Melhor Canção Original" por I've Seen It All , do filme Dancer in the Dark , lançado no ano anterior.  No tapete vermelho e durante a performance incrível da faixa, a islandesa apareceu com seu famoso "vestido de cisne". Questionada sobre o autor da peça, uma criação do  fashion   designer macedônio  Marjan Pejoski , disse: "Meu amigo fez para mim".    Mais tarde, ela repetiu o look na capa de Vespertine . Variações também foram usadas muitas vezes na turnê do disco, bem como em uma apresentação no Top of the Pops .  "Estou acostumada a ser mal interpretada. Não é importante para mim ser entendida. Acho que é bastante arrogante esperar que as pessoas nos compreendam. Talvez, tenha um lado meu que meus amigos saibam que outros desconhecidos não veem, na verdade sou uma pessoa bastante sensata.  ...

25 anos de Post - Conheça curiosidades sobre o álbum icônico de Björk

13 de junho de 1995: Há exatos 25 anos , era lançado Post , um dos trabalhos mais marcantes da carreira de Björk. Em comemoração a essa data especial, preparamos uma super matéria honrando a importância desse disco repleto de clássicos.  Para começar, conheça a história do álbum no documentário  dividido em dois episódios  na Websérie Björk . Os vídeos incluem imagens de bastidores, shows e diversas entrevistas detalhando a produção de Post e os acontecimentos daquela era. Tudo legendado em português !     Além disso, separamos vários depoimentos sobre as inspirações por trás das canções e videoclipes do álbum:  1. Army of Me: "Algumas das minhas melodias são muito difíceis para que outras pessoas possam cantar, mesmo que não envolvam técnicas específicas. Essa talvez é a única das minhas músicas que escapa desse 'padrão'. Me lembro de que, quando a escrevi, tentei ter um certo distanciamento. Me...

Saiba tudo sobre as visitas de Björk ao Brasil

Relembre todas as passagens de Björk por terras brasileiras! Preparamos uma matéria detalhada e cheia de curiosidades: Foto: Reprodução (1987) Antes de vir nos visitar em turnê, a cantora foi capa de algumas revistas brasileiras sobre música, incluindo a extinta  Bizz,  edição de Dezembro de 1989 . A divulgação do trabalho dela por aqui, começou antes mesmo do grande sucesso e reconhecimento em carreira solo, ainda com o  Sugarcubes . 1996 - Post Tour: Arquivo: João Paulo Corrêa SETLIST:  Army of Me One Day The Modern Things Venus as a Boy You've Been Flirting Again Isobel Possibly Maybe I Go Humble Big Time Sensuality Hyperballad Human Behaviour The Anchor Song I Miss You Crying Violently Happy It's Oh So Quiet.  Em outubro de 1996, Björk finalmente desembarcou no Brasil , com shows marcados em São Paulo (12/10/96) e no Rio de Janeiro (13/10/96) , como parte do Free Jazz Festival . Fotos: ...

Björk e a paixão pelo canto de Elis Regina: "Ela cobre todo um espectro de emoções"

"É difícil explicar. Existem várias outras cantoras, como Ella Fitzgerald , Billie Holiday , Edith Piaf , mas há alguma coisa em Elis Regina com a qual eu me identifico. Então escrevi uma canção, Isobel , sobre ela. Na verdade, é mais uma fantasia, porque sei pouco a respeito dela".  Quando perguntada se já viu algum vídeo com imagens de Elis, Björk respondeu:  "Somente um. É um concerto gravado no Brasil, em um circo, com uma grande orquestra. Apesar de não conhecê-la, trabalhei com ( Eumir ) Deodato e ele me contou várias histórias sobre ela. Acho que tem algo a ver com a energia com a qual ela canta. Ela também tem uma claridade no tom da voz, que é cheia de espírito.  O que eu gosto em Elis é que ela cobre todo um espectro de emoções. Em um momento, ela está muito feliz, parece estar no céu. Em outro, pode estar muito triste e se transforma em uma suicida".  A entrevista foi publicada na Folha de São Paulo , em setembro de 1996. Na ocasião, Björk divulgava o ...

O otimismo de Björk para o futuro

Imaginativa e experimental, teatral e lúdica. Por trinta anos, a música de Björk criou novos mundos, envolvendo sua voz poderosa e inovadora. Promovendo "Fossora" e o show "Cornucopia", ela concedeu uma nova entrevista ao Corriere Della Sera. Confira a tradução completa: - Qual era a sua ideia quando você criou este show? Fiz a turnê "Biophilia" com o palco no centro da arena, destronando os músicos. Depois fiz "Vulnicura" com uma versão em realidade virtual, como um trabalho solitário sobre uma desilusão amorosa. E de certa forma "Cornucópia" é uma continuação de tudo isso. Trabalhei muito com som surround, trazendo para o palco e tornando "teatral". Resumindo, "Cornucopia" é o teatro digital para o século XXI. - Pode haver emoção no digital? Quando se trata do que vem do coração, não há diferença entre digital ou analógico. Se um músico colocou sentimentos em seu trabalho, então há emoções. - Qual a importância do...