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Björk demonstra apoio ao movimento “Black Lives Matter”


Foto: Alasdair McLellan (2015)

Hoje (18/06), no Instagram de Björk foi feita live de Chanel Björk Sturludóttir e Diana Rós Hanh Breckmann, com o objetivo de discutir o racismo na Islândia, e o impacto do movimento Black Lives Matter no mundo. 

 

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Uma publicação compartilhada por Björk (@bjork) em


Chanel produziu um programa de rádio para a emissora nacional da Islândia (RÚV) no ano passado, desconstruindo os conceitos de nacionalidade, raça e multiculturalismo. Ela também é cofundadora do Hennar rödd (Her Voice), uma plataforma para mulheres islandesas compartilharem suas experiências. Diana é estilista, e tem se manifestado contra a apropriação cultural no campo da moda. 

Foto: Divulgação

Além disso, participando do Juneteenth, a discografia de Björk passou a ser comercializada em formato digital, vinil, CD e Fita Cassete no Bandcamp, um site para artistas divulgarem e venderem seus trabalhos de forma autônoma. Todo o lucro arrecadado será doado para o Black Lives Matter UK

Nas últimas semanas, após mudar as imagens de capa e perfil em suas redes sociais, Björk tem usado feed e stories para falar sobre o Black Lives Matter. Ela também disponibilizou um link em sua bio para mais informações, com uma lista de organizações que fez doações junto a sua equipe. No dia 3 de junho, a cantora compareceu a um protesto em Reykjavík, que reuniu mais de 3.000 pessoas. 


Uma semana depois, a gravadora que Björk faz parte, mudou de One Little Indian para One Little Independent Records. Derek Birkett, fundador do selo, decidiu fazer isso após receber uma carta de um fã da banda Crass, que tem os discos até hoje distribuídos pela empresa. 


Segundo Birkett, o fã lhe explicou precisamente o motivo pelo qual o nome e a logo são racistas e trazem estereótipos sobre os povos indígenas norte-americanos. Derek se comprometeu em fazer doações para instituições como a Honoring Indoples Peoples Charitable Corporation e a Association on American Indian Affairs, que protegem, preservam e educam as pessoas sobre a cultura. Ele ainda admitiu: "Estou ciente de que meu privilégio branco me protegeu e fomentou minha ignorância sobre essas questões. Este é exatamente o oposto do que foi planejado. No entanto, sei que não são as intenções o mais importante, mas sim o impacto causado". 

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