Atom Dance é uma das músicas mais incríveis da carreira de Björk. A letra, que fala sobre relacionamentos, usa como referência a ideia de que duas partículas permanecem conectadas mesmo a grandes distâncias, sofrendo o impacto uma da outra, ainda que escolham direções contrárias. Assim, não importa se os indivíduos da narrativa estão separados.
Quando participou de um podcast do Red Bull Music Academy, em 2016, Björk disse que levou quatro anos para conseguir terminar essa canção. Sobre a demora para inclui-la em um de seus discos de inéditas, explicou: "Não me sinto pressionada pela mídia nem pelo público. Com o tempo, aprendi que sou a única que sabe do que se trata cada uma das minhas próprias experiências, e que por isso sou eu a responsável por protegê-las. O que estou tentando dizer, é que se soubermos esperar o momento certo de compartilhar, poderemos enxergar de uma outra perspectiva, como se estivéssemos na pele de outra pessoa. Podemos ser os criadores de um trabalho, mas também críticos". Já em novembro de 2019, no depoimento publicado na Dazed, a artista contou que sua intenção era também contar "a arte de amar".
Em maio de 2017, para a UNCUT Magazine, Anohni falou sobre a quarta colaboração com Björk: "A primeira vez que estive ao lado dela para cantar, me dei conta do total compromisso de uma cantora em estúdio. Para Atom Dance, ela já tinha uma melodia, mas me permitiu improvisar bastante. Foi uma sessão selvagem, e eu queria dar o máximo de mim. Björk é muito corajosa, e uma produtora incrível. Editou tudo sintonizando como "o som de um oráculo desumano". É ótima para se trabalhar, pois oferece a seus convidados uma grande liberdade, mas sempre encontrando uma maneira de desenhar o resultado em seu próprio universo. Tem uma abordagem de vida que acho inspirador. É extremamente bela, forte e muito gentil. Sua mente é de artista, bem como a de uma cientista".
Atom Dance apareceu no setlist de Björk uma única vez, em um dos primeiros shows da Vulnicura Tour em Nova York, em 2015.