"O vídeo de Mutual Core foi o começo e um local de encontro perfeito para nós, onde nossas sensibilidades se uniram de forma realmente natural. Nosso relacionamento tem se aprofundado muito desde então, especialmente com a jornada que fizemos juntos através do Vulnicura.
Aquele processo tornou-se um canal aberto contínuo, um fio de comunicação ao vivo entre nós, através do qual poderíamos resolver problemas juntos e estar em uma conversa mais profunda, com os temas e ideias a serem explorados. Enfrentar juntos uma série de desafios, me deu uma percepção muito mais rica sobre como a Björk pensa e trabalha. Ela é com certeza uma das melhores colaboradoras que existem.
A exposição Björk Digital foi basicamente um processo evolutivo de tentativa e erro, começando com Black Lake, um filme originalmente projetado para ser uma experiência 360º. Depois, Stonemilker, que foi nosso primeiro VR juntos, e então Family. Cada interação nossa foi concebida a partir dos desafios dos projetos anteriores, e gradualmente se tornou a exposição itinerante que é hoje.
Eu acho que a realidade virtual é uma ferramenta poderosa, mas acredito que ainda há muito trabalho a se fazer em termos de dar ao público acesso a essas tecnologias. Mundos virtuais são poderosas arenas para se experimentar, mas apenas se nós estivermos trazendo para esses ambientes a riqueza e a profundidade da narrativa humana autêntica. Sem isso, essas tecnologias podem ser apenas truques", disse ao Noize.
Para o Music Non Stop, declarou: "As pessoas costumam descrever Björk e seu trabalho como vindos de outro mundo, mas ela é uma artista muito pé no chão e humana, no sentido mais radical. É empática, compassiva e verdadeiramente amorosa com aqueles ao seu redor. Sabe quando ser boba ou quando entrar em uma conversa profunda, é o indivíduo mais admirável que já conheci na minha vida!".
Ele também comentou sobre seus videoclipes favoritos da islandesa: "Isso é difícil de dizer, mas meus favoritos são: All is Full of Love, Unravel (backdrop da Greatest Hits Tour), Wanderlust e Cocoon, porque são todos visualmente impressionantes, intensos e poéticos. Outro que me impressiona é Pagan Poetry, no qual ela está cantando sobre o amor de sua vida. A gente percebe que ela não está fingindo. Seu sentimento é nu e palpável, ela está literalmente perfurando sua pele com isso. É uma das performances mais poderosas que eu já vi capturada por uma câmera".