Pular para o conteúdo principal

Em entrevista para Rosalía, Arca relembra conselho dado por Björk


Arca está na nova edição da Interview Magazine. Rosalía, que conduziu a entrevista, lembrou o momento em que as duas se conheceram. A conserva trouxe um conselho bem interessante dado por nossa Björk 💓

Rosalía: "Naquele dia, você me disse algo que nunca ninguém havia me dito antes, com relação ao trabalho de um artista: "O ego é flexível. É algo que se contrai e se expande". Existem momentos em que quando a gente apresenta um projeto, não somos exatamente a mesma coisa que retratamos. Eu penso muito sobre isso! Já que sua música é tão radical, acredita que você, pessoalmente, também é assim?". 

Arca: "Quem me disse isso foi Björk. Meu primeiro álbum tinha acabado de sair, e eu pedi alguns conselhos a ela. Só isso já era uma loucura, imagine só poder fazer algo assim! Enfim, de qualquer forma, algo estava me consumindo. Por exemplo, eu fazia o meu show e podia sentir a força causada por isso: o exagero dramático e a ferocidade, que eu presenciava no palco. Mas era uma sensação diferente quando estava sozinha na minha cama, no quarto de hotel. Eram dois extremos! Mas aí, a Björk me disse: 

"Se acalme! Vai sempre haver uma oscilação. Existem momentos em que o nosso ego se expande e transmite coisas por meio da arte. Mas não fique apenas nesta posição, porque se você nunca sair disso, não poderá aproveitar". Performance é quase como a tecnologia, sabe? Nós a usamos como ferramenta para expressar algo humano, mas não somos a tecnologia em si. Então, agora fico constantemente analisando e me perguntando: “Como estou hoje? Como me sinto em relação ao meu ego?". 

Postagens mais visitadas deste blog

Saiba tudo sobre as visitas de Björk ao Brasil

Relembre todas as passagens de Björk por terras brasileiras! Preparamos uma matéria detalhada e cheia de curiosidades: Foto: Reprodução (1987) Antes de vir nos visitar em turnê, a cantora foi capa de algumas revistas brasileiras sobre música, incluindo a extinta  Bizz,  edição de Dezembro de 1989 . A divulgação do trabalho dela por aqui, começou antes mesmo do grande sucesso e reconhecimento em carreira solo, ainda com o  Sugarcubes . 1996 - Post Tour: Arquivo: João Paulo Corrêa SETLIST:  Army of Me One Day The Modern Things Venus as a Boy You've Been Flirting Again Isobel Possibly Maybe I Go Humble Big Time Sensuality Hyperballad Human Behaviour The Anchor Song I Miss You Crying Violently Happy It's Oh So Quiet.  Em outubro de 1996, Björk finalmente desembarcou no Brasil , com shows marcados em São Paulo (12/10/96) e no Rio de Janeiro (13/10/96) , como parte do Free Jazz Festival . Fotos: ...

Sindri Eldon explica antigo comentário sobre a mãe Björk

Foto: Divulgação/Reprodução.  O músico Sindri Eldon , que é filho de Björk , respondeu as críticas de uma antiga entrevista na qual afirmou ser um compositor melhor do que sua mãe.  Na ocasião, ele disse ao Reykjavík Grapevine : "Minha principal declaração será provar a todos o que secretamente sei há muito tempo: que sou melhor compositor e letrista do que 90% dos músicos islandeses, inclusive minha mãe".  A declaração ressurgiu no Twitter na última semana, e foi questionada por parte do público que considerou o comentário uma falta de respeito com a artista. Na mesma rede social, Sindri explicou:  "Ok. Primeiramente, acho que deve ser dito que isso é de cerca de 15 anos atrás. Eu era um idiota naquela época, bebia muito e estava em um relacionamento tóxico. Tinha um problema enorme e realmente não sabia como lidar com isso. Essa entrevista foi feita por e-mail por um cara chamado Bob Cluness que era meu amigo, então as respostas deveriam ser irônicas e engraçadas...

Björk comenta cada uma das faixas do álbum Fossora

A carreira de  Björk  é como uma longa descida ao inesperado. Em entrevista ao  The Atlantic , a artista islandesa desabafa sobre seu poderoso novo álbum, "Fossora". Confira a tradução completa: Após seus três primeiros discos solo, "Debut", "Post" e "Homogenic", ela passou por outras fases surpreendentes. Hoje, seu trabalho pode ser visto como "menos pop" do que costumava ser, mas a própria Björk não pensa nesses termos. Durante o bate-papo, ela discordou daqueles que dizem que suas coisas dos anos 90 eram mais divertidas: "Talvez eles se lembrem de si mesmos em algum clube usando ecstasy, enquanto tocavam três remixes seguidos. No geral, os beats por minuto, a quantidade de frieza, a quantidade de algo experimental, a quantidade de "açúcar pop", a quantidade de momentos sérios e autorreflexivos... Acho que na verdade, tudo tem sido a mesma coisa em todos os meus álbuns". Essa interpretação faz algum sentido quando ...

Björk e a paixão pelo canto de Elis Regina: "Ela cobre todo um espectro de emoções"

"É difícil explicar. Existem várias outras cantoras, como Ella Fitzgerald , Billie Holiday , Edith Piaf , mas há alguma coisa em Elis Regina com a qual eu me identifico. Então escrevi uma canção, Isobel , sobre ela. Na verdade, é mais uma fantasia, porque sei pouco a respeito dela".  Quando perguntada se já viu algum vídeo com imagens de Elis, Björk respondeu:  "Somente um. É um concerto gravado no Brasil, em um circo, com uma grande orquestra. Apesar de não conhecê-la, trabalhei com ( Eumir ) Deodato e ele me contou várias histórias sobre ela. Acho que tem algo a ver com a energia com a qual ela canta. Ela também tem uma claridade no tom da voz, que é cheia de espírito.  O que eu gosto em Elis é que ela cobre todo um espectro de emoções. Em um momento, ela está muito feliz, parece estar no céu. Em outro, pode estar muito triste e se transforma em uma suicida".  A entrevista foi publicada na Folha de São Paulo , em setembro de 1996. Na ocasião, Björk divulgava o ...

Hildur Rúna Hauksdóttir, a mãe de Björk

"Como eu estava sempre atrasada para a escola, comecei a enganar a minha família. Minha mãe e meu padrasto tinham o cabelo comprido e eles eram um pouco hippies. Aos dez anos de idade, eu acordava primeiro do que eles, antes do despertador tocar. Eu gostava de ir na cozinha e colocar o relógio 15 minutos mais cedo, e então eu iria acordá-los... E depois acordá-los novamente cinco minutos depois... E de novo. Demorava, algo como, quatro “rodadas”. E então eu acordava meu irmãozinho, todo mundo ia escovar os dentes, e eu gostava de ter certeza de que eu era a última a sair e, em seguida, corrigir o relógio. Fiz isso durante anos. Por muito tempo, eu era a única criança da minha casa, e havia mais sete pessoas vivendo comigo lá. Todos tinham cabelos longos e ouviam constantemente Jimi Hendrix . O ambiente era pintado de roxo com desenhos de borboletas nas paredes, então eu tenho uma certa alergia a essa cor agora (risos). Vivíamos sonhando, e to...