"Tenho usado as minhas emoções como uma espécie de estrutura para construir todo o resto. Basicamente, minhas músicas são uma coleção de picos emocionais, mesmo que sejam lindos ou dolorosos. Penso que essa é a natureza daquilo que faço.
Ser emocional não significa ser alguém estúpido. É possível "enlouquecer" e ainda orquestrar coisas que geralmente são consideradas bastante acadêmicas e inteligentes. Contanto que nosso coração esteja nisso, está tudo bem. Então, por esse motivo, minhas músicas são muito preciosas para mim.
Se isso quer dizer que vou criar um disco só a cada três anos, então são os picos emocionais vividos nesse período. É como se fossem dez ou onze assuntos e enigmas pessoais, que estou tentando resolver. Eu acho que cada uma das minhas canções tem algo nesse sentido.
No entanto, tenho notado que muitas pessoas que ouvem minhas músicas pensam que falam sobre amor, no lado romântico. E na verdade, estou muito satisfeita em ouvir isso, mesmo que estivesse me referindo a uma amizade ou até sobre minha relação com o meu trabalho, meu país, um hobby. Sempre pareço estar puxando para a coisa do amor individual, ainda que eu esteja descrevendo uma montanha ou algo assim".
- Björk em entrevista para David Toop, julho de 2002.
Foto: Warren du Preez & Nick Thornton Jones.