"Minha participação em "Dançando no Escuro" foi como coreógrafo, o sortudo que interpretou em diálogo físico a música inspiradora de Björk. Trabalhei com um elenco internacional de atores e dançarinos talentosos, que traduziram as alegrias e os piores medos de Selma.
Em algumas partes, recusei a dança de várias maneiras. Por exemplo, tivemos 75 pessoas se movendo em uma cena em completa harmonia, mas também momentos de simples interação, com os personagens colidindo e procurando uma forma de se comunicarem.
Acho difícil aceitar quando alguém diz que a Björk não é uma atriz. Um ator é alguém que é capaz de expor a verdade para a câmera. A atuação dela é uma das coisas mais interessantes, apaixonadas e vulneráveis que já vi.
No primeiro dia de ensaios, ela chegou usando um vestido xadrez que ia até os joelhos, jeans e sapatos vermelhos decorados com pequenos detalhes na ponta dos dedos dos pés. Eu me apaixonei imediatamente! A ingenuidade e originalidade de sua linguagem corporal sempre fizeram meu trabalho parecer tão orgânico e fascinante. Eu amo a maneira como Björk se move".
- Vincent Paterson em entrevista para Vogue e ARTE, 2000.
Fotos: Divulgação.