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A história de Gling-Gló, o álbum de jazz de Björk









Várias canções em islandês de nossa amada estão creditadas nas plataformas digitais como Björk Guðmundsdóttir.

Um desses projetos é o disco Gling-Gló em parceria com o Tríó Guðmundur Ingólfsson. O álbum é recheado de covers de músicas de jazz tradicionais, clássicos interpretados originalmente em inglês.

Lançado em outubro de 1990, ultrapassou a marca de 300 mil cópias. É o disco de Björk mais vendido na Islândia (sim, superando todos os do Sugarcubes e da carreira solo). Foi comercializado em CD, vinil e fita cassete. Até 2011, ainda estava entre os 30 mais populares no país.

Uma performance especial desse projeto já havia acontecido alguns meses antes sob encomenda da rádio pública de Reykjavík. A apresentação foi muito elogiada. Registros em áudio da ocasião estão disponíveis na internet. Alguns outros shows e aparições na TV foram realizados na região. Sempre ocupada, Björk logo partiu para outros projetos.

"Eu simplesmente não entendo (o sucesso desse disco). Na época, levamos apenas dois dias para fazer todas as canções. Um para selecioná-las e praticá-las, e outro para gravá-las e mixá-las. Eu sempre tentei parar de lançar tiragens desse álbum, mas aí aparecem cópias piratas que se multiplicam (entre os fãs).

A outra parte desta terrível "maldição" de música jazz na minha carreira é It's Oh So Quiet, que eu meio que escondi por uns quinze anos, e é, provavelmente, a única canção "minha" que muitos britânicos conhecem. Talvez isso seja uma punição por ser uma novidade vindo de mim ou porque as pessoas querem apenas ouvir algo antigo e familiar", explicou a artista em entrevista ao site 'Monitor' em 2011.

"Gling-gló" é uma onomatopeia islandesa cujo significado equivalente em inglês é "ding dong". A bela capa foi feita pelo diretor de cinema Óskar Jónasson.

Fotos: Divulgação/Reprodução. 

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