Relatos de fãs que estiveram no show da turnê "Orkestral" no Montreux Jazz Festival:
"Uma mulher desmaiou no finalzinho de "I've Seen It All" e a Björk interrompeu o show pedindo ajuda aos seguranças, que tiraram ela da plateia".
"Eu estava ao lado da jovem que passou mal. Achei a compostura e a capacidade de resposta de Björk fantásticas".
Dindaonsòn escreveu no fórum bjorkfr: "Após dois concertos em Paris, tive a chance de também assistir o do Montreux Jazz Festival. Apesar do setlist idêntico, foi muito diferente dos outros. Eu estava posicionado muito perto do palco. Essa apresentação deve continuar sendo a minha preferida. As expressões do rosto de Björk: o humor, a ironia, a raiva e a determinação... Que carisma louco! Já a vi pelo menos 7 vezes e meus momentos favoritos sempre foram aqueles em que eu estava mais próximo dela".
Nas matérias sobre o espetáculo e, principalmente, nas redes sociais, muitas reclamações sobre os telões desligados nas laterais do palco, o que atrapalhou a visão dos que estavam acompanhando de longe. O local escolhido pelo festival, com capacidade para 4.000 pessoas em pé, também foi considerado pequeno por parte dos fãs. Alguns teriam, inclusive, desmaiado durante a apresentação por causa do calor:
"Eu estava ao lado da jovem que passou mal. Achei a compostura e a capacidade de resposta de Björk fantásticas, ao contrário do time de seguranças do festival. Comparado aos outros comentários, admito que fiquei surpreso: não era perceptível de onde eu estava. Tantas pessoas realmente desmaiaram? Em lugares do mesmo tamanho, nunca vi nenhum telão, mas não sei se esse é geralmente o caso em Montreux", disse Dindaonsòn.
O fã brasileiro do perfil monsterlocaiton comentou em uma de nossas publicações no Instagram (@sitebjorkbrasil): "Uma mulher desmaiou no finalzinho de "I've Seen It All" e a Björk interrompeu o show pedindo ajuda aos seguranças, que tiraram a mulher da plateia. Eu também estava me segurando pra não cair pra trás a qualquer momento, estava na frente do palco, de frente pra ela e tive que controlar as emoções.
Montreux foi muito melhor que o de Berlim. Esse show não funciona ao ar livre, porque instrumentos de cordas exigem lugares fechados e com boa acústica. O auditório Stravinski de Montreux com a acústica perfeita foi ideal. Foi lindo e no final de "Pluto" ela deu o gritinho, exatamente como no álbum".
Sobre o desempenho e o repertório da islandesa, Dindaonsòn explicou no grupo online francês: "A voz da Björk estava impecável! Muito sensível com as respirações. Amei o fato de que podíamos ouvir isso, me lembrou de todo o trabalho de produção de "Vespertine", os sussurros poderosos quando ela decide soltar a voz com tudo. Menção especial para "Pluto" e seu sorriso de satisfação de: "Consegui!".
A respeito dos clássicos no setlist, nunca vou me cansar. Me emocionaram tanto quanto na época em que os conheci, então não consigo virar as costas. Ouvir o entusiasmo do público e poder compartilhar disso, faz parte do que eu amo nos shows ao vivo. Nunca serei um fã "velho" cansado das canções do início da carreira, que dão todo o "alívio" aos álbuns seguintes e vice-versa. Contanto que ela não cante no piloto automático, tô dentro. E estamos longe de um prato mal descongelado! Fiquei impressionado com a atenção do público em "Black Lake". Ainda é um grande desafio em um setlist, especialmente para quem espera ouvir apenas hits dos 3 primeiros álbuns.
Eu tinha esquecido da quantidade de "tiques" que vemos no rosto de Björk quando ela canta. Isso torna a performance ainda mais épica. Às vezes, tive a sensação de observar uma luta em que o canto sempre sai vitorioso. De qualquer forma, o que lembrarei daquela noite é a dimensão humana tanto da parte de Björk quanto da orquestra e, claro, do público. Menciono aqui também os olhares entre Björk e os músicos. Essa admiração recíproca foi comovente, especialmente com a violinista".
Em entrevista para Radio Chablais nos bastidores do ensaio com a Sinfonietta de Lausanne, a musicista Stéphaníe Park falou sobre esse momento especial de participar do show "Orkestral". Ela recebeu fortes aplausos do público e da própria Björk em "Black Lake".
No post no fórum, Dindaonsòn ainda disse: "Sei que estamos todos envelhecendo, mas esse concerto não está preso a tempo algum. Sou como muitos de vocês, que quando a assistiram recentemente tiveram a sensação de voltar na época das primeiras emoções musicais ligadas à descoberta de seu trabalho. É um show que foi uma ponte entre o passado e quem me tornei, tendo sempre a música de Björk como pano de fundo. Para mim, foi muito emocionante sentir isso".
Foto: Santiago Felipe.