Em uma conversa publicada no Morgunblaðið, Björk disse que percebeu ainda muito jovem que tinha a opção de fazer um tipo de música que seria muito popular ou não:
"Para mim, minha música sempre levou em conta várias coisas. Percebo perfeitamente que não sou a número um no rádio às 6hrs de uma sexta-feira, mas esse nunca foi o objetivo, nunca foi! Eu como musicista sou algo um pouco mais idiossincrática.
Quando eu estava crescendo em Reykjavík, havia cerca de oitenta mil pessoas aqui e era como um modelo de mundo. Acho que percebi muito novinha que como humana, eu tinha a opção de fazer música que seria tocada o dia todo em cada estação de rádio ou escrever canções que seriam tocadas em apenas um programa de rádio nas noites de quinta-feira às 9 da noite. Descobri que sou desse tipo, mas existem prós e contras.
No entanto, acho que há mais vantagens, especialmente quando se quer compor música para o resto da vida. Além disso, eu mesma ouço músicas classificadas como "excêntricas" ou "nerds", e sempre foi assim. Isso sempre foi muito claro desde o início e ao mesmo tempo, simplifica muitas coisas em colaboração com as pessoas".
Foto: Santiago Felipe.