Discutindo a abertura emocional no processo de composição, Björk trouxe à tona sua longa admiração por Kate Bush:
Sendo uma compositora, que produziu seu próprio material, e que cantou sobre sua vida interior, Bush "não era uma convidada no mundo dos homens", disse a islandesa. "Ela fez o mundo matriarcal. Tudo isso!".
O exemplo que Bush deu para a artista foi além das letras. Ela apontou que é evidente que, nos anos 80 e início dos anos 90, alguns gatekeepers do sexo masculino tratavam Bush como uma "mulher maluca/tola de terceira classe".
Muitos ouvintes sentiam vergonha de abraçá-la abertamente. Assim, o ressurgimento mundial, em 2022, do antigo sucesso de Bush, "Running Up That Hill (A Deal With God)", pode representar uma mudança radical:
"É a Geração Z! Eles têm espaço para música matriarcal", disse Björk. "Não é como se fossem bruxas malucas, velhinhas, [fazendo] 'oooh' – ela faz um som apropriadamente assustador – com gatos e vassouras".
Quanto à própria fama, Björk garante que tenta ignorar a maior parte das conversas sobre ela, mas no dia em que "Fossora" foi anunciado decidiu se permitir espiar a reação online. Ela não podia acreditar no entusiasmo que viu por um álbum de clarinete, techno e sobre fungos:
"Eu me senti muito grata que realmente se importam! Quando se trata de pessoas fazendo um esforço e me entendendo... Acho que tive muita sorte".
- Entrevista para The Atlantic, 2022.