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Björk fala sobre o limite entre artista e público

Se você pesquisar "Casa de Björk" no Google, aparecerá uma foto de um alojamento em Vestmannaeyjar, com a legenda:

"Essa é a casa de Björk. O país onde está localizada é chamado de "Moose Gay Moose Tits". É aí que a Björk mora".

Quando a repórter do Reykjavík Grapevine disse isso para a artista em uma entrevista de 2022, ela riu e respondeu: "Ok, é estranho".

Para ficar claro: não é ali que a Björk mora! Mas fazer com que seu público entenda a relação entre os dois lados de sua identidade: a artista criativa mística; e a pessoa extremamente reservada e caseira – sempre apresentou um desafio.

"Sempre vivi uma vida muito normal! Isso é muito importante para mim. Vou às lojas, compro comida, chego em casa e cozinho.

Fiz algumas coisas no começo das quais ainda estou me beneficiando, porque sou muito persistente. Tipo, eu nunca dou autógrafos na Islândia, nunca faço fotos. E todos na Islândia sabem disso, então me deixam em paz".

Enquanto Björk deixa claro que ama seus fãs e que aprecia o apoio deles ao seu trabalho, se mostra grata pelas linhas duras sobre sua vida pessoal que ela mesma estabeleceu no início de sua carreira:

"Quando tudo isso aconteceu comigo nos anos 90, foi antes da internet. Então era assim: "Ou você é uma celebridade ou não é! E se você é uma celebridade, as pessoas têm acesso 24 horas por dia, 7 dias por semana". E eu fiquei tipo: "Não! Isso não é justo!".

Sou o tipo de musicista que dou muito de mim mesma. Estou sempre compondo músicas, sempre escrevendo letras, sempre lançando coisas. Essa é a minha maneira de ser generosa. Mas você vem me incomodar no supermercado? É pouco provável!" [que ela apresente a mesma "generosidade"], ela diz ao movimentar a mão para baixo fazendo uma linha: "É aí que eu traço o meu limite".

Durante o bate-papo, a jovem jornalista admitiu para Björk que "Fossora" é o primeiro álbum dela que realmente escutou, o que teria deixado a artista encantada:

"Estou bastante animada! Fiz algumas entrevistas na minha vida", disse a islandesa com um eufemismo irônico. "Para mim, é bom começar de um novo ponto".

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