- Houve um tempo em que você estava no meio das estrelas pop mais talentosas do mundo. Ainda está interessada no público em geral?
"Meus gostos permanecem muito específicos. Alguns falam de música eletrônica experimental, eu prefiro falar de música tradicional do Século XXI.
E continuo obcecada por artistas como Kelela, minha amiga Arca, Coucou Chloe.
Você está certo, eu não me importo se eu sou a número 1 em tal e tal país, ou em todo o mundo ao mesmo tempo. Dito isso, eu nunca tentei estar no topo das paradas. Do meu ponto de vista, nada realmente mudou.
As pessoas esquecem que no "Post" havia músicas como "Cover Me" e "Headphones". No "Debut", havia "The Anchor Song" e "Airplane". Eu amo açúcar, amo pop, uma boa música da Beyoncé.
Ao mesmo tempo, sempre acompanho o que está acontecendo na criação contemporânea. Acho que estou sendo fiel a mim mesma ao seguir esse equilíbrio.
Sempre fui assim, me recusando a jurar fidelidade a um ou outro. Sempre recusei o menor compromisso!
Meço minha sorte no fato de as pessoas continuarem a me seguir justamente por isso. Estou tentando não estragar tudo. Devo proteger essa integridade para mim e para os outros".
- Você se sente mais livre hoje do que no passado?
"Eu entendo aqueles que dizem que à medida que envelhecem, abraçam a possibilidade de não dar a mínima para o que as outras pessoas pensam.
Não que eu me importasse muito com as opiniões de outras pessoas antes, mas me importo ainda menos agora".
- Björk em entrevista para Libération, 2022.