Pular para o conteúdo principal

Björk e a divulgação do álbum Fossora à distância

Em uma conversa via Zoom publicada no site NRC, Björk fala alegremente e por longo tempo, embora ela e o jornalista não pudessem se ver: "Minha câmera está quebrada", ela disse a ele.

O repórter do Libération explicou para a islandesa: "Devo confessar que sonhei com essa entrevista. Você me disse que é paradoxal falar de "Fossora" à distância, e eu entendi o motivo. É um disco na interconexão".

A islandesa respondeu: "Há alguma verdade nisso! Mas se eu tivesse que viajar para conhecer todas as pessoas com quem falo toda vez que faço um álbum, se eu as fizesse vir até mim, não conseguiria falar com tanta gente, é um grande gasto ecológico (risos).

Mas eu gosto do telefone! Eu gosto de andar enquanto falo. Muitas vezes, faço os telefonemas das entrevistas direto da praia. E aí veio a pandemia, todos nos acostumamos. Eu tive problemas com esses bate-papos remotos antes. Agora tenho bem menos!".

"Posso perguntar de onde você está falando conosco esta tarde?", ele questionou.

A artista disse: "Estou em casa! Eu moro à beira-mar, é um dia chuvoso de outono, as folhas das árvores estão ficando alaranjadas, está ficando muito bom para ficar em casa e vestir umas roupas mais quentes".

- Os cogumelos começaram a crescer?

"Sim! E os islandeses estão interessados ​​neles novamente. Por gerações, não fomos mais buscá-los. Eles voltaram com tudo. Nas livrarias, há novamente livros sobre cogumelos comestíveis e sobre os venenosos. No entanto, há evidências arqueológicas: costumávamos comer muitos cogumelos no passado".

- Por qual motivo?

"Levamos muito mais tempo do que outros países europeus para nos adaptarmos aos estilos de vida modernos. Abandonamos muitas tradições quase da noite para o dia, como pegar algas na praia para comer. Eu sinto que está voltando. As gerações mais jovens são apaixonadas pelo assunto".

- A pandemia desempenhou um papel nesse desenvolvimento?

"Começou antes. Eu diria que depois daquela época em que os islandeses começaram a se sentir parte da comunidade global. Muitos escritores, artistas e músicos fizeram a seguinte afirmação: "Eu não sou um cidadão de segunda classe do mundo". Uma vez que vencemos essa causa, e graças à consciência ecológica, ficou claro que nem tudo do Ocidente era bom para se levar. A relação dos ocidentais com a natureza em particular talvez seja... completamente fodida, ou menos promissora para o futuro ou para o sucesso".

Foto: Reprodução/Divulgação.

Postagens mais visitadas deste blog

Hildur Rúna Hauksdóttir, a mãe de Björk

"Como eu estava sempre atrasada para a escola, comecei a enganar a minha família. Minha mãe e meu padrasto tinham o cabelo comprido e eles eram um pouco hippies. Aos dez anos de idade, eu acordava primeiro do que eles, antes do despertador tocar. Eu gostava de ir na cozinha e colocar o relógio 15 minutos mais cedo, e então eu iria acordá-los... E depois acordá-los novamente cinco minutos depois... E de novo. Demorava, algo como, quatro “rodadas”. E então eu acordava meu irmãozinho, todo mundo ia escovar os dentes, e eu gostava de ter certeza de que eu era a última a sair e, em seguida, corrigir o relógio. Fiz isso durante anos. Por muito tempo, eu era a única criança da minha casa, e havia mais sete pessoas vivendo comigo lá. Todos tinham cabelos longos e ouviam constantemente Jimi Hendrix . O ambiente era pintado de roxo com desenhos de borboletas nas paredes, então eu tenho uma certa alergia a essa cor agora (risos). Vivíamos sonhando, e to...

Primeiro álbum de Björk, que foi lançado apenas na Islândia, completa 45 anos

Há 45 anos , era lançado na Islândia o primeiro álbum de Björk . A artista tinha apenas 12 anos de idade . Batizado com o nome dela, o disco marcou uma fase de transição em sua jornada musical. Conheça os detalhes: Em 1976, Björk se tornou conhecida na mídia local pela rádio islandesa RÚV , que transmitiu uma gravação dela cantando o hit "I Love to Love" de Tina Charles : O registro aconteceu em um concurso na escola que ela frequentava. Cada aluno era convidado a demonstrar um dom artístico. Toda semana, eram realizadas atividades que os encorajavam a se expressarem. A gravação foi feita por um professor e chamou a atenção de um empresário da gravadora Fálkinn , que também distribuía na Islândia os discos de artistas da EMI , Polygram e Island Records . Aliás, o disco "Björk", de 1977 , é o lançamento mais famoso dessa gravadora, que já não existe mais! "Eu cantei, porque era isso que eu fazia. O tempo todo. Esse cara contatou minha mãe. Ele queria ganhar ...

Debut, o primeiro álbum da carreira solo de Björk, completa 30 anos

Há 30 anos , era lançado "Debut", o primeiro álbum da carreira solo de Björk : "Esse disco tem memórias e melodias da minha infância e adolescência. No minuto em que decidi seguir sozinha, tive problemas com a autoindulgência disso. Era a história da garota que deixou a Islândia, que queria lançar sua própria música para o resto do mundo. Comecei a escrever como uma estrutura livre na natureza, por conta própria, na introversão". Foi assim que a islandesa refletiu sobre "Debut" em 2022, durante entrevista ao podcast Sonic Symbolism: "Eu só poderia fazer isso com algum tipo de senso de humor, transformando-o em algo como uma história de mitologia. O álbum tem melodias e coisas que eu escrevi durante anos, então trouxe muitas memórias desse período. Eu funcionava muito pelo impulso e instinto". Foto: Jean-Baptiste Mondino. Para Björk, as palavras que descrevem "Debut" são: Tímido, iniciante, o mensageiro, humildade, prata, mohair (ou ango...

Saiba tudo sobre as visitas de Björk ao Brasil

Relembre todas as passagens de Björk por terras brasileiras! Preparamos uma matéria detalhada e cheia de curiosidades: Foto: Reprodução (1987) Antes de vir nos visitar em turnê, a cantora foi capa de algumas revistas brasileiras sobre música, incluindo a extinta  Bizz,  edição de Dezembro de 1989 . A divulgação do trabalho dela por aqui, começou antes mesmo do grande sucesso e reconhecimento em carreira solo, ainda com o  Sugarcubes . 1996 - Post Tour: Arquivo: João Paulo Corrêa SETLIST:  Army of Me One Day The Modern Things Venus as a Boy You've Been Flirting Again Isobel Possibly Maybe I Go Humble Big Time Sensuality Hyperballad Human Behaviour The Anchor Song I Miss You Crying Violently Happy It's Oh So Quiet.  Em outubro de 1996, Björk finalmente desembarcou no Brasil , com shows marcados em São Paulo (12/10/96) e no Rio de Janeiro (13/10/96) , como parte do Free Jazz Festival . Fotos: ...

Nos 20 anos de Vespertine, conheça as histórias de todas as canções do álbum lendário de Björk

Vespertine está completando 20 anos ! Para celebrar essa ocasião tão especial, preparamos uma super matéria . Confira detalhes de todas as canções e vídeos de um dos álbuns mais impressionantes da carreira de Björk ! Coloque o disco para tocar em sua plataforma digital favorita, e embarque conosco nessa viagem.  Foto: Inez & Vinoodh.  Premissa:  "Muitas pessoas têm medo de serem abandonadas, têm medo da solidão, entram em depressão, parecem se sentir fortes apenas quando estão inseridas em grupos, mas comigo não funciona assim. A felicidade pode estar em todas as situações, a solidão pode me fazer feliz. Esse álbum é uma maneira de mostrar isso. "Hibernação" foi uma palavra que me ajudou muito durante a criação. Relacionei isso com aquela sensação de algo interno e o som dos cristais no inverno. Eu queria que o álbum soasse dessa maneira. Depois de ficar obcecada com a realidade e a escuridão da vida, de repente parei para pensar que inventar uma espécie de p...