"Para mim, a tecnologia é a mesma das ferramentas de antigamente, quando só usávamos martelo, machado e tudo isso. A tecnologia representa as ferramentas que temos hoje.
E sinto que ferramentas não fazem canções, mas sim os humanos! É tudo uma questão de quanto da nossa alma é colocada nisso.
Não depende da ferramenta, depende do ser humano que está trabalhando com a ferramenta. A minha música representa muito da minha vida na Islândia, eu estando no meio da natureza, e canto com a minha voz, que é muito biológica. Mas também uso meu telefone, a internet, um carro elétrico...
Tudo isso vem junto, mas não acho que sejam necessariamente inimigos. É como a energia solar ou a energia eólica, onde há tecnologia e natureza trabalhando juntas".
- Em "Atopos" você canta: "A esperança é um músculo que nos permite conectar". Como treina esse músculo e onde coloca essa esperança?
"É uma coisa que temos que trabalhar todos os dias, porque não cai do céu. Me parece que o importante é que cada um dê o seu melhor nesse sentido.
E faz parte da condição humana. Temos que trabalhar nisso até o fim da vida, principalmente para nos conectarmos com outras pessoas, se realmente tivermos a real intenção de fazer isso".
- Björk em entrevista ao Infobae Teleshow, 2022.
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