"Quando eu morava em Londres, era sempre mais como uma segunda casa. Quando tinha uma segunda casa em Nova York, sempre ficava mais aqui na Islândia.
Sempre fui cidadã islandesa, paguei impostos aqui e isso sempre foi muito claro para mim. Posso dizer que todos os meus álbuns são islandeses, apenas diferentes lados de mim".
No entanto, pode-se dizer que a ligação com a Islândia tem sido ainda mais forte ultimamente:
"O inusitado no álbum "Fossora" é que vendi minha casa no Brooklyn, então é a primeira vez que não tenho casa no exterior. Foi naturalmente apenas uma coincidência que isso aconteceu durante o lockdown, quando não podíamos viajar.
Por exemplo, havia alguns parceiros com quem conversei com os quais poderia ter trabalhado se não fosse pela Covid. Eles possivelmente viriam aqui ou eu iria até eles. Então trabalhei com mais islandeses, talvez por isso.
Muitas vezes na primeira metade dos meus álbuns, nos primeiros dois anos, eu trabalho muito sozinha, escrevendo as letras, fazendo os arranjos e cantando. Portanto, é apenas no último ano que convido outras pessoas.
Se eu estivesse em algum outro lugar do mundo, poderia ter convidado mais estrangeiros, mas é claro que realmente não sei [o que poderia ter acontecido]. Metade do álbum era um pouco pesado e já com os clarinetes, e então comecei a fazer os concertos "Orkestral" na Islândia, com todos os músicos com quem já colaborei no país.
Metade do disco é um pouco sobre celebrar essas pessoas. Um pouco de flauta, um pouco de trombone, um pouco de coro e um pouco de cordas. Originalmente não era para ser assim, mas o show ocupou muito espaço em mim, porque eu estava lidando com todos os ensaios e encontrando com essas pessoas.
Aqueles espetáculos também se tornaram uma grande gratidão à Islândia, por criar raízes aqui. É muito importante!".
- Björk em entrevista ao Visir, Fevereiro de 2023.