Björk acredita que é importante trabalhar com músicos que ela gosta de escutar. Caso contrário, a colaboração provavelmente não vai dar certo:
"Quando se está fazendo algo por tanto tempo, aprendemos muito. É uma boa lição trabalhar naquilo que estamos interessados, fazendo aquilo que admiramos.
Acho que o [grupo] Sideproject, por exemplo, é simplesmente incrível. Também tenho muito respeito pelo selo que eles fazem parte. Ninguém está fazendo isso por dinheiro! É mais o espírito e o idealismo que importam do que um tipo específico de música. Isso é sustentabilidade, onde todos estão ajudando uns aos outros [na cena].
Alguns deles também trabalham na loja do selo Smekkleysa, e sempre fazíamos DJsets lá durante a lua cheia. Todos nós fazemos isso de graça para aumentar a conscientização sobre a música islandesa. As lojas de discos não são necessariamente o lugar mais lucrativo do mundo no momento, então estávamos todos no mesmo time".
De acordo com Björk, todos esses músicos têm uma coisa em comum: são "geeks do techno":
"Eu amo todas as músicas! Música clássica, clássicos contemporâneos, também ouço muito R&B. Adoro música folk e World Music! Mas eu sempre fui uma velha nerd do techno. Por volta de 1989, fui à minha primeira rave em Manchester.
Naturalmente, esses jovens são da geração Z. Embora haja uma lacuna entre gerações, o techno não vai a lugar nenhum. Você pode tirar a garota do techno, mas não o techno da garota", diz Björk com uma risada. "Serei uma velhinha de 90 anos ouvindo techno".
- Entrevista ao Visir, Fevereiro de 2023.