Quando Björk lançou "Vulnicura", ela criou um ambiente usando óculos de realidade virtual:
"O assunto era muito emocionante, um álbum sobre coração partido", ela explica, acrescentando que as pessoas experimentaram grandes sensações quando colocaram os equipamentos, porque foi uma experiência muito solitária:
"Emocionalmente, eu pensei que era um bom ajuste. Há muito isolamento que vem com um coração partido, então foi ótimo para esse tipo de ópera. Naquela época, a realidade virtual estava em um estágio em que havia sete aplicativos diferentes e sete empresas diferentes, todas competindo entre si. Então começaram a pensar em quem usaria os primeiros óculos de realidade virtual.
Levamos a exposição, "Björk Digital", para vinte cidades e então começamos com sete tipos de óculos, onde cada par tinha uma determinada camada. Fizemos um álbum [visual] em cima disso, e deu muito trabalho. Mixamos na Islândia com Mandy Parnell. Sempre tentei trazer esses especialistas para casa, para que eles também pudessem conhecer os islandeses e aprender com eles".
O próximo passo foi inventar um programa que pudesse mixar o som em 360 graus, e Björk diz que todas as sete empresas diferentes, Amazon, Google, Apple e outras, não queriam usar o mesmo software:
"Talvez porque eu não esteja nisso para ganhar dinheiro, eu podia dizer a eles: "Vamos lá, vocês podem colaborar juntos!". Então, finalmente, eles concordaram. Nós escrevemos em equipe e criamos um programa de 360 graus, um dos primeiros para mixagem desse tipo de áudio.
Então lançamos, pudemos colocar tudo em um par de óculos e vendê-lo como um único "videogame", onde as pessoas podem ir para casa e assistir às sete faixas em vídeo. Se tornou uma experiência individual novamente".
- Entrevista ao Visir, Fevereiro de 2023.