Pular para o conteúdo principal

O show de drones de Björk no Coachella

Durante apresentação da turnê "Orkestral" no Coachella, Björk contou com a presença de drones acima do palco, que formaram um lindo show de luzes ao longo do espetáculo.

No Instagram, James Merry, o co-diretor criativo e parceiro de longa data da islandesa, escreveu:

"Desde o início, Björk estava ansiosa para que as formas do drone fossem arquitetônicas e orgânicas, movendo-se mais como som/formas de onda do que designs baseados em objetos, o que costuma ser uma tentação com os drones. Nós também adicionamos alguns acenos à linguagem visual das eras anteriores dos álbuns dela para algumas das músicas. Por exemplo, a palavra "ferida" apareceu em "Stonemilker" representando "Vulnicura", enquanto "Hyperballad" contou com uma grade de LEDs vermelhos em referência ao videoclipe original, que foi dirigido por Michel Gondry".

Nas redes sociais, a própria Björk explicou:

"Querido público, eu quero compartilhar com vocês com entusiasmo que me juntei a 864 drones esta noite! Como vocês provavelmente sabem, estou em turnê com dois shows muito diferentes atualmente. "Cornucopia" é muito complexo, com toneladas de telas led, instrumentos sob medida, celebrando o lado techno em mim.

O show desta noite foi o "Orkestral", no qual tudo é sobre simplicidade, com apenas eu, o maestro Bjarni Frimann e a orquestra tocando uma seleção das minhas músicas. Em homenagem ao magnífico festival Coachella, em que me apresentei pela primeira vez há 21 anos quando estava grávida, pedi a uma empresa de drones, o Studio Drift, para se juntar a nós.

Eu sempre fui muito interessada em tecnologia digital e na abstração da tonalidade como figura visual, então espero que o público tenha cortes de sinestesia enquanto assiste ao show. Eu e James Merry trouxemos temas para cada uma das formas [das projeções]. Queríamos fazer movimentos com curvas, arquitetônicos e biológicos. Eu espero que vocês tenham gostado!".

Para a Agence France-Presse (AFP), Björk explicou: "Senti que por causa da nudez da voz e da música apenas orquestrada, não queria interromper isso adicionando músicos ou instrumentos [no festival], mas sim sincronizar algo épico no céu com as canções. Parecia funcionar bem no deserto".

Infelizmente, o concerto não foi transmitido online por determinação da equipe de Björk. Para matar a nossa curiosidade, o canal oficial do Coachella no YouTube publicou vídeos de "I've Seen It All" e "Hyperballad". O foco das filmagens é justamente o show de drones. Confira clicando AQUI.

Foto: Santiago Felipe.

Postagens mais visitadas deste blog

Saiba tudo sobre as visitas de Björk ao Brasil

Relembre todas as passagens de Björk por terras brasileiras! Preparamos uma matéria detalhada e cheia de curiosidades: Foto: Reprodução (1987) Antes de vir nos visitar em turnê, a cantora foi capa de algumas revistas brasileiras sobre música, incluindo a extinta  Bizz,  edição de Dezembro de 1989 . A divulgação do trabalho dela por aqui, começou antes mesmo do grande sucesso e reconhecimento em carreira solo, ainda com o  Sugarcubes . 1996 - Post Tour: Arquivo: João Paulo Corrêa SETLIST:  Army of Me One Day The Modern Things Venus as a Boy You've Been Flirting Again Isobel Possibly Maybe I Go Humble Big Time Sensuality Hyperballad Human Behaviour The Anchor Song I Miss You Crying Violently Happy It's Oh So Quiet.  Em outubro de 1996, Björk finalmente desembarcou no Brasil , com shows marcados em São Paulo (12/10/96) e no Rio de Janeiro (13/10/96) , como parte do Free Jazz Festival . Fotos:  André Gardenberg, Folhapres

Debut, o primeiro álbum da carreira solo de Björk, completa 30 anos

Há 30 anos , era lançado "Debut", o primeiro álbum da carreira solo de Björk : "Esse disco tem memórias e melodias da minha infância e adolescência. No minuto em que decidi seguir sozinha, tive problemas com a autoindulgência disso. Era a história da garota que deixou a Islândia, que queria lançar sua própria música para o resto do mundo. Comecei a escrever como uma estrutura livre na natureza, por conta própria, na introversão". Foi assim que a islandesa refletiu sobre "Debut" em 2022, durante entrevista ao podcast Sonic Symbolism: "Eu só poderia fazer isso com algum tipo de senso de humor, transformando-o em algo como uma história de mitologia. O álbum tem melodias e coisas que eu escrevi durante anos, então trouxe muitas memórias desse período. Eu funcionava muito pelo impulso e instinto". Foto: Jean-Baptiste Mondino. Para Björk, as palavras que descrevem "Debut" são: Tímido, iniciante, o mensageiro, humildade, prata, mohair (ou ango

Nos 20 anos de Vespertine, conheça as histórias de todas as canções do álbum lendário de Björk

Vespertine está completando 20 anos ! Para celebrar essa ocasião tão especial, preparamos uma super matéria . Confira detalhes de todas as canções e vídeos de um dos álbuns mais impressionantes da carreira de Björk ! Coloque o disco para tocar em sua plataforma digital favorita, e embarque conosco nessa viagem.  Foto: Inez & Vinoodh.  Premissa:  "Muitas pessoas têm medo de serem abandonadas, têm medo da solidão, entram em depressão, parecem se sentir fortes apenas quando estão inseridas em grupos, mas comigo não funciona assim. A felicidade pode estar em todas as situações, a solidão pode me fazer feliz. Esse álbum é uma maneira de mostrar isso. "Hibernação" foi uma palavra que me ajudou muito durante a criação. Relacionei isso com aquela sensação de algo interno e o som dos cristais no inverno. Eu queria que o álbum soasse dessa maneira. Depois de ficar obcecada com a realidade e a escuridão da vida, de repente parei para pensar que inventar uma espécie de paraí

Björk nega história envolvendo o músico argentino Charly Garcia: "Não sei quem é"

O livro "100 veces Charly" compila histórias que ocorreram na vida de Charly Garcia . Um desses relatos foi muito comentado ao longo dos anos. Após uma apresentação da "Volta Tour" na Argentina, o cantor e compositor teria tentado chamar a atenção de Björk em um jantar. Foi relatado que o músico era um grande fã e queria algum tipo de colaboração musical. Estava animado em conhecê-la, e junto de sua equipe descobriu o lugar que ela estaria e foi até lá para tentar tocar com ela e outros músicos argentinos. Pedro Aznar, Gaby Álvarez, Gustavo Cerati e Alan Faena. No entanto, Björk não apareceu de imediato e ficou em seu camarim no Teatro Gran Rex. Algumas horas depois, ela quis sair para comer. Assim, uma longa mesa foi montada para ela, sua equipe e banda. E então os músicos argentinos se juntaram a eles. Apesar das tentativas de Charly de iniciar uma conversa, Björk o teria ignorado completamente, conversando apenas com a amiga islandesa ao lado dela. A história fo

A história do vestido de cisne da Björk

20 anos! Em 25 de março de 2001 , Björk esteve no Shrine Auditorium , em Los Angeles, para a 73º edição do Oscar . Na ocasião, ela concorria ao prêmio de "Melhor Canção Original" por I've Seen It All , do filme Dancer in the Dark , lançado no ano anterior.  No tapete vermelho e durante a performance incrível da faixa, a islandesa apareceu com seu famoso "vestido de cisne". Questionada sobre o autor da peça, uma criação do  fashion   designer macedônio  Marjan Pejoski , disse: "Meu amigo fez para mim".    Mais tarde, ela repetiu o look na capa de Vespertine . Variações também foram usadas muitas vezes na turnê do disco, bem como em uma apresentação no Top of the Pops .  "Estou acostumada a ser mal interpretada. Não é importante para mim ser entendida. Acho que é bastante arrogante esperar que as pessoas nos compreendam. Talvez, tenha um lado meu que meus amigos saibam que outros desconhecidos não veem, na verdade sou uma pessoa bastante sensata.