Björk participou de uma transmissão ao vivo na página do NOWNESS no Facebook. Mesmo querendo manter o mistério sobre o tracklist, a cantora respondeu algumas perguntas sobre seu novo álbum, inclusive revelando que o projeto deve mesmo se chamar "Utopia".
"Eu recebi milhares de sugestões de nomes, mas eu acho que vai se chamar
"Utopia". Não consigo pensar em algo melhor. Bom, se eu mudar de ideia 5 minutos antes do álbum ir para a fabricação, posso modificá-lo, mas eu até que gosto do fato de isso ser um clichê, tendo até uma pegada meio "fascista" do tipo "eu quero que o mundo seja assim", pois se trata de
uma proposta de como podemos viver no futuro com a natureza e a
tecnologia, isso do jeito mais otimista possível. Nós temos o Trump, o
Brexit, problemas na Islândia, enfim, eu acho que já existia uma
urgência e uma necessidade em criar um modelo utópico para vivermos em
nossas vidas, e acho que chegou o momento".
Segundo a artista, a mixagem do álbum foi finalizada na quinta-feira (14/09). A cantora ainda lembrou que apesar do novo trabalho ter sido co-produzido por Arca, o tema abordado em "Utopia" é a visão dela, e todo o conteúdo apresentado vem de suas impressões.
Outros detalhes foram comentados:
- Os arranjos das novas músicas foram feitos com a ajuda de uma orquestra de 12 pessoas.
- Björk sente que voltou às suas raízes com "Utopia", pois a flauta foi seu primeiro instrumento musical. Ela ainda está pensando em uma boa forma de levá-lo aos palcos.
- Esferas e prismas são dois temas muito importantes neste álbum. Arca compôs uma canção chamada "Prism".
- Guan Yin, a deusa chinesa da salvação, serviu de influência para o disco, inclusive para o vídeo de The Gate, que estreará na segunda-feira também no NOWNESS, logo após a transmissão exclusiva em Londres, em que ela interpretará uma espécie de novo personagem. Confira um vídeo da confecção do vestido utilizado na gravação, que foi criado por Alessandro Michele e levou aproximadamente 550 horas para ficar pronto, sendo 320 apenas para o bordado. Björk admitiu que tinha receio em trabalhar com Michele: “Eu não me dou muito bem com a postura de grandes corporações, e não gosto tanto delas".