Em outubro de 2017, através de posts no Facebook, Björk acusou Lars von Trier de assédio sexual. A cantora explicou que tudo aconteceu durante as filmagens de "Dançando no Escuro". O fundador da gravadora da islandesa confirmou a história após o próprio diretor negar em depoimento à imprensa. Mas agora, em entrevista ao "AlloCiné" durante o Festival de Cannes, ele se defendeu mais uma vez. Respire fundo e confira:
"Você sabe, 90% dos jornalistas com quem falo acreditam que eu assediei Björk, mas isso é ridículo porque eu já neguei antes, mas ninguém escreve sobre isso porque uma boa história é escrever que assediei ela. E este não é o caso. Eu toquei nela, é verdade. Eu fiz isso com todas as minhas atrizes. Porque ela estava fazendo um trabalho muito intenso: gritando, ficando doente... (por causa das gravações), então obviamente eu a abracei. Mas se ela acha que um abraço é assédio, então acho que não vou conseguir ter sucesso sem tocar em meus atores. Eu não a toquei nos lugares errados, eu acho".
Von Trier ainda falou sobre o movimento #MeToo: “Eu acho que o movimento MeToo é uma ideia brilhante. Quando é usado da maneira certa, é algo muito importante. O problema é que a internet é algo que nós não imaginávamos que afetaria tanto nossas vidas. Ninguém pensou que isso ou aquilo poderia acontecer. Só que algumas pessoas reprimidas em alguns países tinham uma maneira de se dirigir ao mundo. Estou com medo de que, se alguém disser que a pessoa tenha cometido homicídio ou algo assim, ela [não] seja considerada inocente até ser provada sua culpa".
"Você acredita que o cara de pau do cineasta dinamarquês
disse que estava apenas me abraçando? Cara, ele é muito safado!".