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Björk fala sobre privacidade na Islândia e o álbum Fossora

Não há necessidade de apresentar aos leitores a mais famosa islandesa viva. Durante décadas, Björk teve um enorme impacto no mundo da música com suas criações futuristas e estabeleceu um lugar permanente na cultura pop em todo o mundo.

Foto: Santiago Felipe.

Confira a tradução completa da entrevista dela ao Frettabladid:

Björk Guðmundsdóttir conversou comigo no andar de cima de uma casa em Seltjarnarnes, na Islândia. Ela estava vestindo um grande jaleco branco, e usava uma sombra nos olhos em tons que lembravam a cor da terra. Foi incrível sentar em frente a uma estrela dessa magnitude. A ocasião vem pelo lançamento de seu mais recente álbum, "Fossora". A estrutura visual do material promocional é baseada no mundo dos cogumelos e na terra. O álbum é cativante à primeira audição, acessível e agressivo.

"Estou aqui apenas de casaco, com vontade de acampar depois de uma caminhada", me disse Björk. Ela mora em uma área protegida na parte oeste da cidade, é proibido mexer lá. Todo mundo sabe disso!

Privacidade:
Björk diz que saúda as mudanças que ocorreram na região com o aumento do turismo, mas afirma: "Gosto que haja turistas, mas não ando por Laugaveðin às seis horas em uma sexta-feira quando há muitos turistas por lá". Os restaurantes que ela e seus amigos frequentam não são lugares frequentados por turistas ou influenciadores. "Nos bairros que frequento, ninguém tira uma foto minha no celular. Eu sinto que as pessoas sabem disso de alguma forma. Fui muito clara sobre isso desde o início na Islândia. É quando estou em casa, só quero paz e por isso sou muito grata".

Ela acrescenta que nas inaugurações de lugares que ela comparece na Islândia, os fotógrafos profissionais também respeitam seus desejos. "Eu fujo pela porta dos fundos; e eles apenas piscam para mim e sabem que eu quero ficar em paz".

Björk diz que sairá do buraco agora ao lançar o novo disco, mas também não quer ser fotografada quando estiver passeando. Embora existam pessoas famosas que até prefiram, ela não julga: "Esse tipo de vida é para alguns, mas não para mim. Fico feliz que as pessoas estejam escolhendo isso por si mesmas. Era mais difícil quando estava nas mãos da mídia, nas mãos dos paparazzi. Era mais implacável", diz ela. "Tipo, não estou exagerando: nos anos 90, em Londres, houve um momento em que havia quarenta paparazzis no meu jardim atrás de um arbusto, com lentes longas na hora em que eu estava tentando ir dormir. Sindri e eu acabamos indo para a Espanha", conta Björk em meio a risadas.

Quanto às mídias sociais, Björk diz que é ótimo que os escritores, por exemplo, possam escrever poesia diariamente no Twitter. Da mesma forma, ela tem amigos que trabalham muito com mídia de vídeo e usam o Instagram. "Eu mesma estou mais no Facebook. Mas quando meus amigos estão fazendo um show em Tóquio, eu acordo e os assisto durante o meu café da manhã. A gente pode assistir!", diz ela. Björk afirma que nunca compartilharia nada pessoal nas redes sociais, mas reitera a importância das pessoas poderem escolher o que compartilhar, como compartilhar e diz que respeita igualmente como os outros querem fazer isso.

A decepção com Katrín:
Em agosto, Björk falou ao jornal britânico The Guardian sobre a decepção em relação à primeira-ministra Katrín Jakobsdóttir. Quando perguntada se elas já conversaram após isso, a cantora respondeu: "Não. Eu poderia ter dito alguma coisa e isso se tornaria uma questão acalorada aqui na Islândia, então decidi que não! Eu não queria que isso entrasse em algum tipo de briga suja entre nós, que eu sinto que muitas vezes é o que acaba se transformando. Porque eu não acho que o problema seja: "Björk versus Katrín: Elas vão brigar na lama só de biquíni, vamos assisti-las lutando", ela explica.

"O que eu preferia, e fiquei muito feliz quando ouvi, foi que na semana seguinte, em alguma rádio daqui, o assunto estava sendo discutido para o público. Eles perguntavam: "o que significa quando um país entra em estado de emergência?". Apenas nos educando! Isso é mais importante e eu também sabia que ia fazer entrevistas em duas semanas, então eu também poderia expor meu ponto de vista. Seria um pouso mais suave do que queimar Katrín", diz Björk.

No entanto, ela quer dizer que houve um mal-entendido na mídia quando o caso foi discutido, o que ela diz querer corrigir. "Quando eu estava em Nova York, conversei com Greta Thunberg, que atravessou o Atlântico de barco. Planejamos juntas realizar uma entrevista coletiva e desafiar a primeira-ministra a declarar Estado de Emergência. Eu disse a Greta: "Tenho minha experiência na Islândia, como quando estávamos lutando contra as empresas de fundição de alumínio e tudo mais, que se a gente começar a atacar pessoas que discordam de nós, todo mundo vai para as trincheiras e isso não levará a lugar algum".

Ela diz que conseguiu o número de telefone da primeira-ministra através de um amigo de um amigo. "Eu disse a ela: Escute, Katrín, agora você está no comando dos países nórdicos este ano. Eu só queria que você soubesse que Greta e eu vamos realizar a coletiva de imprensa antes de você fazer seu discurso, onde vamos desafiá-la. Mas talvez você só queira estar conosco em vez de ser nós contra você, certo? Você não quer apenas vir conosco, e não necessariamente declarar estado de emergência, mas desafiar os países nórdicos a investigar isso? Foi algo mais assim", diz Björk.

Ela diz que naquele momento a Irlanda acabara de declarar estado de emergência. "Então não surgiu do nada", explica. "Mas o que me deixou chateada foi o que Katrín fez. Ela deveria ter me mandado uma mensagem, algo do tipo: "Ótimo para você, mas o governo e eu ainda não chegamos lá. Siga sua linha e eu vou fazer seguir a minha", porque ela fez um discurso lá nas Nações Unidas", relembra Björk. "Mas o que ela faz foi me responder: "Olha, você pode cancelar sua coletiva de imprensa, apenas faça isso. Você não precisa me criticar, porque vou declarar isso nas Nações Unidas".

Björk diz que concordou: "Eu tinha me preparado! Preparar uma coletiva de imprensa em Nova York dá um trabalho e tanto. Todas as nações do mundo estavam lá. Todo mundo estava esperando que Greta cruzasse o Atlântico. Confiei nela e disse: "Ok, sem problemas!". Mas aí ela fez seu discurso e não declarou nada sobre isso! Então o momento se foi. Eu achei muito desonesto da parte dela".

Björk não teria feito nenhum comentário se Katrín tivesse decidido desde o início não dizer nada. "Se ao menos ela estivesse em uma situação difícil com seus colegas em seu governo! Mas acho que ela não fez nada desde então. Só achei bom que tudo isso que aconteceu fosse revelado. O governo colocou 500 milhões anualmente para ajudar pessoas da indústria de carne ou algo assim, enquanto investiu apenas 50 milhões para questões ambientais. É claro que isso é completamente ridículo!", diz ela. Björk acrescenta que em 1997, outras nações declararam estado de emergência. Nos países nórdicos, Islândia e Noruega são os únicos países que nunca deram esse passo.

Ela diz que a operação inicia orçamentos para determinados sistemas de resposta que foram desenvolvidos, da mesma forma que no caso de uma pandemia como a do coronavírus ou de um desastre natural. "Isso é algo que Greta e eu já investigamos e já conversamos com pessoas na Islândia. Grupos com os quais tenho trabalhado ao longo dos anos. Essa é a maneira mais rápida de lidar com todos esses problemas", diz Björk. "Isso é uma emergência! Achei muito triste ter que atacar uma mulher na cadeira de primeira-ministra, mas também acho muito importante que eles não sejam tão desonestos!".

Björk reitera sua satisfação com a discussão que se seguiu. "Eu ainda quero esclarecer que houve um mal-entendido! Não era como se eu estivesse mandando mensagem para ela dizendo: "Declare um estado de emergência, Katrín!", e me comportando como uma diva. Não foi assim! Mas cancelei essa conferência de imprensa, o que não teria feito se tivesse sido de outra forma".

#MeToo:
Björk falou sobre a posição das mulheres na indústria da música e descreveu o domínio masculino dentro da cena em uma famosa entrevista à Pitchfork, em 2015. Quando perguntada se ela sente uma mudança após o movimento #MeToo e uma possível reação negativa no debate, me respondeu: "Estamos meio que cercados por pessoas que pensam como nós, o que às vezes é um pouco perigoso. Mas acho que isso ainda é um avanço. Depois do #MeToo, tudo ficou muito preto e branco. As pessoas eram monstros ou anjos. A segunda onda foi mais para entrar nessa área cinzenta [do debate]".

Björk diz que discutiu com seus amigos como hoje, as questões do #MeToo se tornaram algo calculista: "Se uma coisa do #MeToo surgir no local de trabalho, é tipo: "Oh, tudo bem. O quão sério foi?" Umas quarenta coisas para se analisar e saber como agir. Nem sempre fazendo igual, nem sempre sendo apenas um chanceler ou um "não chanceler". Em vez disso, fica tudo apenas como uma questão de "contabilidade". Acho importante que a gente se permita entrar nessa área cinzenta, porque não podemos colocar todos os homens que fizeram algo ruim em uma ilha e nunca mais falar com eles. É preciso haver perdão e é preciso haver uma diferença entre os crimes. Mas com maior responsabilidade, estamos todos definindo isso juntos. Eu gostaria de poder ligar para a "polícia do #MeToo" e que eles cuidassem de todas essas coisas. Mas esse luxo não está disponível. Nós mesmos temos que sentar, pegar uma xícara de café e resolver isso, caso a caso. E é assim que cresceremos juntos na direção certa. Então a resposta curta é que está indo na direção certa. Há uma reação quando o dinossauro balança a cauda. Mas, no geral, o navio está virando na direção certa".

Fossora não é um álbum triste sobre a perda de uma mãe:
O novo álbum contém duas músicas sobre a mãe de Björk, a ambientalista e ativista Hildur Rúna Hauksdóttir, que morreu em 2018: "Fiquei um pouco na defensiva quando vi o que tinha sido levantado, quando vi que as pessoas pensam que é um disco triste sobre a perda de uma mãe. Mas são apenas duas músicas, não é o álbum inteiro. Isso é algo que todos nós temos que fazer na vida, dizer adeus aos pais. Mas minha mãe teve uma vida longa e boa, e acho importante que esteja no equilíbrio certo".

Os filhos de Björk, Ísadora Bjarkardóttir Barney e Sindri Eldon, colaboraram com ela no álbum, separadamente. "Meu filho está em uma banda desde os 14 anos de idade e minha filha está sempre cantando. Eles estão sempre preparando alguma coisa e compondo", diz ela.

É possível que essa parceria tenha surgido por conta da situação do Covid, com muita "união familiar". Björk acrescenta que seria estranho se eles não estivessem no álbum. "Eles se tornaram parte desse mundo [do álbum]. É a primeira vez que ambos já são adultos [no mesmo período]. Se eu perguntasse a eles se queriam participar, poderiam dizer que sim, mas sabendo o que isso implica. Não apenas musicalmente, mas é que as pessoas na rua vão pará-los para comentar e eles precisam saber falar sobre isso. Existe um pacote que vem com toda essa questão. Quando as pessoas chegam aos vinte anos, elas entendem o que vem com essa idade. Não foi nada fora do comum, mas talvez eu tenha ajudado nisso, inconscientemente, como mãe".

Björk acrescenta que seu filho Sindri era muito próximo da avó. "Ele também queria fazer isso como uma homenagem e agradecê-la".

As duas músicas que Björk escreveu sobre sua mãe foram as primeiras que ela compôs no álbum. "Eu estava pronta para lançá-las, mas pensando que poderiam não pertencer ao álbum. Então, no meio de tudo, quando eu estava trabalhando em outras canções, voltei até essas duas faixas. "Sorrowful Soil" ficou mais direta, mais simples, era como um poema e mais fácil de arranjar. Em "Ancestress", eu queria colocar todos os instrumentos do mundo, mas continuei retirando tudo porque queria simplicidade. Eu joguei muita coisa fora que tinha nessa música. Estou muito feliz em como ela terminou! Acho que tive esse resultado porque levou muito tempo. [Como musicistas], a gente trabalha em uma música e depois esquece por alguns meses e começamos a mexer em outras canções. Daí retornamos, trabalhamos nela, depois esquecemos de novo por alguns meses, sabe?", explica Björk.

Hoje, ela já tem dez discos solo de estúdio. Além disso, lançou álbuns colaborativos, gravações ao vivo e canções para filmes. "Sempre temos algumas coisas que colocamos no sal e, à medida que envelhecemos, ficamos melhor em saber sobre esse processo, tipo: "Sim, isso precisa ficar no sal por um mês. Isso daqui por uma semana, aquilo ali por seis meses". E então pode recomeçar, aí depois temos que deixar o material quieto por três meses. Tudo para que tenhamos "novos ouvidos" na hora de revisitar. E também não se deve sobrecarregar as ideias!".

O apoio do irmão:
Björk contou que consultou o irmão quando trabalhou no vídeo de "Ancestress", que ela considera um curta. O projeto foi dirigido por Andrew Thomas Huang. Na última década, Andrew trabalhou bastante com Björk e ela confiou muito nele para esse projeto tão pessoal: "Filmamos ao ar livre, em um vale onde minha mãe colheu muitas plantas. Quando ficou pronto, eu e meu irmão assistimos juntos. Temos sido muito cuidadosos com o que queremos compartilhar com o mundo e o que não queremos. Tentei sempre dar ao meu irmão a oportunidade de poder me dizer: "Não, isso já é demais!". Quis garantir que sempre houvesse uma oportunidade para que ele pudesse me dizer isso se quisesse. Ele me apoiou! Disse que mamãe deve ter ficado muito feliz e agradecida.

Minha mãe também fez um álbum comigo quando eu tinha 11 anos, ela foi a força motriz por trás daquilo. É por isso que tudo isso não veio de um jeito tão "tímido", mas sim algo que começou ali, e terminou de certa forma aqui. Ela foi a responsável pela roupa e o cenário da capa do meu álbum quando eu tinha onze anos. Ela fez o set e encontrou a fantasia. Então o meu lado que é público era o meu lado com o qual minha mãe se sentia muito confortável".

Björk ressalta que se sua mãe fosse muito introvertida e não gostasse desse lado, o resultado teria sido bem diferente. "Mas meu irmão viu o vídeo e estamos muito felizes com o resultado!".

- Nína Richter, setembro de 2022.

Foto: Hildur Hauksdóttir.


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