Para a edição de novembro da revista australiana 'The Big Issue', Björk falou novamente sobre a Islândia, seu novo álbum "Utopia", flautas e longas turnês, além de revelar um trecho da nova música "Sue Me".
"Eu não sei como é na Austrália, mas em grandes cidades existem muitos problemas no encontro de gerações diferentes. Na Islândia, nós estamos meio que como era no século XIX. Nós somos como uma vila. Você vai a um show e encontra cinco dos seus melhores amigos e o filho da sua irmã grudados na grade em frente ao palco. Se você está envolvido em algo por lá, não importa se é um baterista ou vendedor de mapas ou de flores, enfim, a idade não importa muito. Você apenas se divertirá com pessoas que estão interessadas na mesma coisa que você. Eu acho que a Islândia tem meio que essa vibe de vila mesmo".
Mas a Islândia é muito longe da Austrália e sair em turnê com uma orquestra de flautas de 12 peças não é algo fácil. Björk não se apresenta por lá desde 2008. Björk diz saber que isso deixa seus fãs desapontados, mas depois de longos anos fazendo shows pelo mundo, ela acha que já pagou sua dívida com turnês. Então espere que as próximas sejam cada vez menores, como já noticiamos há algum tempo aqui no site:
"Eu estou em turnê desde que eu tinha, mais ou menos, 14 anos. E por todo esse tempo eu fiquei, literalmente, sem parar na estrada. Eu espero que meus fãs possam me perdoar, mas eu ainda estou tentando dar ao máximo tudo aquilo que posso, e acho que, agora, neste momento da minha vida, eu posso lhes dar ainda mais ficando em casa e gravando álbuns".
A islandesa já comentou que a realidade virtual pode ajudá-la a sanar essa saudade de seus admiradores, que não a veem em seus países há muitos anos. Acreditamos que, possivelmente, ela tenha preferido se apresentar em lugares que ainda não havia conhecido, como vimos, recentemente, com os shows acústicos na Geórgia, pois dão a chance de fãs que não foram agraciados nem nos tempos do Sugarcubes ou do sucesso comercial da grande turnê de 'Post', assistirem a um show ao vivo completo.
"Isso é muito animador, né? Eu acho que os VRs serão algo que é sobre nós no momento atual neste mundo global. Acho que estamos todos mudando juntos, vindo com receitas utópicas sobre o que nós queremos ser, sabe? Vamos seguir em frente!".